Com a confirmação ontem dos primeiros casos de sarampo em Americana e Sumaré, agora já são seis as cidades da RMC (Região Metropolitana de Campinas) com notificações da doença contagiosa que estava erradicada no Brasil desde 2016, segundo o Ministério da Saúde.
Dados divulgados pelas prefeituras e pela Secretaria Estadual de Saúde mostram que a região metropolitana já tinha confirmado até ontem nove pacientes com sarampo, e outras 33 pessoas sob suspeita, nas cidades de Campinas, Hortolândia, Indaiatuba e Paulínia (onde estão 13 dessas suspeitas), além de Americana e Sumaré. No Estado de São Paulo são mais de 500 casos.
AMERICANA
A Vigilância Epidemiológica de Americana confirmou ontem o primeiro caso de sarampo no ano na cidade em uma mulher de 50 anos, moradora do bairro Morada do Sol. Ela não tem comprovante de vacina contra a doença.
A paciente começou a apresentar sintomas em 2 de julho e, no dia 10, foi atendida no Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi, onde o médico solicitou exame após suspeitar da doença. Ela passa bem e não precisou ser hospitalizada.
A moradora não possui comprovante de vacinação, não tem histórico de viagem nem de contato com pessoas que viajaram recentemente para o exterior – o que indica se tratar de um caso autóctone (contraído no município) de sarampo.
A prefeitura informou que foi feito o bloqueio vacinal junto às pessoas que tiveram contato com a mulher, além do alerta sobre a necessidade de vacinação junto a escolas e hospitais públicos e privados.
Em Sumaré, o primeiro caso positivo de sarampo foi registrado no Jardim Paulistano. A cidade tem ainda oito casos suspeitos.
Já a Prefeitura de Paulínia confirmou 13 suspeitas de sarampo, que estão sob investigação da Secretaria de Saúde.
A Vigilância Epidemiológica da cidade trabalha na identificação de pessoas que tiveram contato com os suspeitos e quem não têm o comprovante de vacinação na caderneta recebe a dose na hora.
Ainda há um caso confirmado de sarampo em Hortolândia, dois em Indaiatuba e quatro em Campinas. Os municípios investigam, juntos, 12 suspeitas. Em Campinas, uma bebê de 9 meses está internada com a doença.
Segundo o Ministério da Saúde, a vacina é a única maneira de prevenir o sarampo. Crianças de 12 meses a adultos de 29 anos devem receber duas doses da vacina e, para quem tem entre 30 e 59 anos, apenas uma dose é recomendada.
A vacina disponível na rede pública é a tríplice viral – que protege contra sarampo, rubéola e caxumba – e a tetra viral, que imuniza também contra catapora.
