sábado, 4 maio 2024

Shoppings vão retomar com 10% das lojas já encerradas

Com reclassificação da região no Plano São Paulo, os shopping centers voltam a abrir para o público em horários especiais a partir da segunda-feira. Mas em Campinas – onde funcionam centros de compras frequentados por consumidores de todas as cidades vizinhas – o segmento reabre com pelo menos 103 operações fechadas. 

São empresas que já anunciaram o encerramento definitivo de suas atividades. As portas fecharam porque sem vender há quase quatro meses e sem capital de giro, empresários não tinham mais como pagar contas e salários. 

O número – equivalente a 10% de todos os estabelecimentos que funcionavam antes da pandemia – foi revelado por um levantamento feito pela Comissão de Shopping Centers da OAB-Campinas (Ordem dos Advogados do Brasil). Cerca de mil lojas funcionavam em oito shoppings em Campinas antes da quarentena. 

Dobrou o número de lojas fechadas em comparação ao constatado pela entidade no levantamento anterior, feito no início de junho. 

E a retomada das operações em horário restrito, sem permissão de operações nas áreas de alimentação, não deve ser suficiente para melhorar a situação financeira dos estabelecimentos.

MAGGIONI | Restrição de horário vai elevar fechamentos (Foto: Divulgação | Comunicação Estratégica)

“Se a restrição do funcionamento continuar por muito tempo, nossa projeção é de que o número de lojas fechadas vai aumentar mais até o final da pandemia”, afirma o presidente da comissão, Gustavo Maggioni. 

Com número menor de clientes, as vendas serão insuficientes para cobrir as despesas operacionais. “Há relatos de perdas de até 68,7% nas vendas, mesmo com a autorização de reabertura”, afirma. 

Maggioni observa que a circulação menor de consumidores não se explica apenas pelo horário reduzido estabelecido pelo Plano São Paulo. Muita gente está com medo de sair de casa, entrar em lojas. 

Para sobreviver nesta crise, ele orienta que os empresários busquem negociar com as administradoras uma redução das despesas como o aluguel, taxas de condomínio e marketing. Pelo menos até que possa ser retomado o faturamento anterior à pandemia. 

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