A Câmara Municipal de Americana aprovou, nesta terça-feira (10), em segunda discussão, o aumento de 20,5% no IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano). O projeto foi enviado pela prefeitura.
O plenário ficou lotado durante a votação e manifestantes chegaram a jogar dinheiro falso como forma de protesto.
“Eles estão sendo comprados pelo prefeito. Fizeram uma reunião de última hora, na qual aprovaram o projeto sem consultar a população, sem realizar uma audiência pública”, protestou o enfermeiro Henrique Donizete.
O reajuste corresponde a um acréscimo real de 15%, destinado à atualização dos valores venais dos imóveis — tanto terrenos quanto edificações —, somado a 5,5% referentes à inflação projetada para 2025, conforme o Boletim Focus do Banco Central.
Durante a sessão, alguns vereadores mudaram seus votos. Jean Mizzoni (Agir) e Thiago Brochi (PL) passaram a votar contra o projeto, somando-se a Gualter Amado (PDT) e a Professora Juliana (PT).
Jean Mizzoni afirmou que, durante a semana, teve mais tempo para entender o projeto. “Conversamos com a população e, a partir disso, entendemos que esse reajuste precisa ser escalonado de forma diferente. A cidade precisa do aumento para avançar nos serviços públicos, essa ideia não foi tirada da cabeça”, explicou o vereador do Agir.
Eu admiro e vejo seriedade no trabalho do Chico. Da minha parte, a nossa relação não será abalada”, pontuou Mizzoni.
Os demais 14 vereadores votaram a favor do aumento. Por ser presidente da Câmara, Léo da Padaria (PL) não vota.
O projeto agora segue para o prefeito Chico Sardelli (PL). Se ele sancionar, o reajuste passa a valer a partir de 2026.
