quinta-feira, 18 abril 2024

Unimep propõe demitir 120 professores

A Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba) propôs a demissão de 120 professores como forma de equilibrar as contas e manter o pagamento dos salários dos docentes da universidade em dia. A categoria está em greve por causa de atrasos nos vencimentos e diz que não vai negociar sobre cortes de efetivo. O MPT (Ministério Público do Trabalho) marcou uma audiência sobre o caso para terça-feira.
A instituição de ensino diz que as demissões representaria R$ 2,2 milhões a menos em custo para a universidade. Além disso, propõe alteração da data de pagamento do 5º dia útil para até o dia 15 de cada mês, pagamento de gratificação de um terço das férias de julho de 2018 em 48 horas antes do período aquisitivo, e suspensão do adiantamento de férias, transferindo o repasse para até o dia 15 do mês seguinte a elas.
A Unimep cita a queda no número de alunos nos últimos cinco anos e a queda na tendência de novas matrículas, queda nos alunos do Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) e a evolução de estudantes inadimplentes. O crescimento do número de docentes também é citado. O sindicato da categoria diz que o número atual gira em torno de 420 profissionais.
Entre as “concessões” que a Unimep pretende fazer, aparece o PDV (Programa de Desligamento Voluntário), com bonificação sobre verbas rescisórias (de forma parcelada). Além disso, a universidade oferece a opção do docente mudar seu Contrato de Trabalho de mensalista para horista, com manutenção do mesmo valor de hora/aula e estabilidade no emprego até 20 de dezembro de 2018.
“A posição colocada pelo Sinpro e pela Adunimep (Associação de Docentes da Unimep) é que não há possibilidade de negociação sobre demissões”, informou a direção da Adunimep ontem à noite.
AUDIÊNCIA
O procurador do MPT (Ministério Público do Trabalho) Paulo Crestana marcou para a próxima terça-feira, às 14h, uma audiência para discutir os atrasos de salários. O motivo é que um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) entre o MPT e a Unimep, firmado em março deste ano, prevê o pagamento do salário integralmente no 5º dia útil de cada mês sob pena de pagamento de multa.
Os salários estão atrasados para parte da categoria desde o dia 6 de junho. O presidente da Adunimep, Milton Souto, informou que 120 dos 400 professores receberam uma parte do salário, o que contraria o acordo.
Apesar da greve, a paralisação não é total e muitas aulas seguem ocorrendo normalmente para cumprimento de agendas, diz a Adunimep.
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