“Se Morri Já Não Me Lembro” lança um olhar sobre o tempo em que vivemos
A Anímica Companhia Teatral, grupo formado por artistas de Campinas e São Paulo que estudam a técnica Michael Chekhov de teatro, estreia no dia 29 de julho o espetáculo “Se Morri Já Não Me Lembro: Um ensaio para recriar o mundo”.
Esta é a primeira montagem do grupo, que terá três apresentações até o dia 31 de julho no Útero de Vênus, espaço cênico localizado no distrito de Barão Geraldo, em Campinas. Os ingressos variam entre R$ 10 (antecipado pelo Instagram da Cia.) e R$ 15 (na portaria).
“Se Morri Já Não Me Lembro” lança um olhar sobre o tempo em que vivemos. A peça se constrói a partir da relação de duas irmãs – suas memórias, seus afetos, suas dores e seus silêncios – e serve como um espelho para refletirmos sobre questões que têm nos afligido nos campos social e político da atualidade.
Como últimas sobreviventes de tempos apocalípticos, as duas lidam com suas vidas (e mortes) a partir de flashbacks e narrações.
Com cenas por vezes cômicas, por vezes mais densas e reflexivas, o grupo convida o público a viver nesta montagem momentos de riso e sensibilidade através de cenas do presente adulto e flashbacks que levam para a memória afetiva da infância e dos momentos desafiadores da adolescência.
Assim, a vontade do grupo, ao final da apresentação, é a de que o público saia imaginando outros tipos de futuro possíveis, refletindo sobre o momento atual.
A peça tem um caráter existencialista, então é sobre como as situações que a gente passa na vida fazem a gente ‘morrer’ e então ‘renascer’ a partir disso”, conta Sofia Fransolin, membro da Anímica Companhia Teatral e dramaturga da peça.
“Existe também aqui um lugar político, mais sutil, que fala desse momento que estamos vivendo de desesperança social”, comenta. O espaço cênico fica na Rua Edna de Barros Sanchez, nº 79, Vila Santa Isabel, Barão Geraldo. A classificação etária é 16 anos.