domingo, 5 maio 2024
COLEÇÃO

Dia do Selo: Colecionador de Americana fala sobre a origem e a prática do hobby

Gerson Quinhone, pratica a filatelia há 40 anos e traz em sua coleção, mais de 50 mil selos
Por
Isabela Braz
Primeiro selo do Brasil. Foto: Museu dos Correios

Você sabia que o selo nacional tem um dia especial? Para entendemos mais o dia do selo, comemorado nesta terça-feira (01), o TODODIA entrevistou Gerson Quinhone, um dos diretores da Federação Brasileira de Filatelia e da SOFIA (Sociedade Filatélica de Americana) – uma entidade sem fins lucrativos e de cunho cultural, que tem como objetivo difundir a arte do colecionismo, em particular a filatelia.

O dia foi escolhido em decorrência do dia 1º de agosto de 1843, data em que entrava em circulação o primeiro selo no Brasil. Os chamados “Olhos-de-Boi”, eram arredondados e foram feitos em três tarifas: 30, 60 e 90 réis – moeda em vigência na época. Os selos antigamente usados para comprovar o pagamento da taxa do serviço nos correios, hoje leva mais a fama entre os colecionadores.

Gerson Quinhone, de 53 anos, morador de Americana, coleciona selos desde os 10 anos de idade, completando mais de 40 anos em atuação no hobby de colecionador. Durante todo esse período, ele conseguiu colecionar mais de 50 mil selos, realizando entre as raridades de sua coleção, exposições por diversos lugares do país e até do mundo.

Segundo Gerson, o colecionismo possui três etapas diferentes. A primeira etapa é a do juntador de selos, quando a pessoa apenas pega e armazena esses selos em alguma caixa. Depois, evolui para colecionador, quando essa pessoa que vai juntando o selo e passa a organizar a sua coleção. E o terceiro é o filatelista, “ele realmente pega toda a sua coleção, separa os itens e começa a montar coleções específicas para exposições, né? Que, no meu caso, nesses 40 anos é o que eu tenho me dedicado nesses últimos 12 anos”, complementa o filatelista.

Para ele, o que mais estimula a prática desse hobby é a cultura embutida em um selo, podendo representar diversos momentos históricos do país. “É um hobby que, muitas vezes, além de você se divertir, você tem uma cultura imensa atrás de uma peça, de um selo. É onde você pode estar buscando uma cultura, não só do Brasil, mas uma cultura de vários países, principalmente em relação a selos comemorativos”.

O hobby também envolve competições, feitas por meio de exposições. No mês de setembro, Gerson irá representar o Brasil no Uruguai, expondo uma coleção que traz mais de 80 páginas com uma coleção de maximafilia – coleção que traz cartão postal, selo e carimbo. O americanense que já ganhou diversas competições, diz estar em busca do ouro para o país.

Para quem se interessar na arte da filatelia, Gerson Quinhonhe se disponibiliza, por meio da sociedade de Americana, há orientar e dividir experiências com entusiastas do meio dos selos. Basta encaminhar um e-mail para gquinhone@uol.com.br.

“O objetivo é estar entendendo realmente como funciona o hobby, quais são as classes, qual a diferença muitas vezes dessas classes em relação a cada peça, e aos pouquinhos vai entrando para esse mundo filatélico. Mas o objetivo é ter uma orientação para poder estar se aprofundando um pouquinho a mais nessa cultura”, finaliza.

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