domingo, 24 novembro 2024

‘Isso é Cultura’ discute influência afro em Hortolândia

A Prefeitura de Hortolândia lança hoje (18) o projeto “Isso é Cultura”. O evento de lançamento acontecerá às 19h, no CEMMH (Centro de Educação Musical Municipal de Hortolândia), localizado na rua Vicente Palhão, s/nº, Jardim Santa Cândida. O evento é aberto a toda população de forma gratuita e sem necessidade de realizar inscrição prévia.

O objetivo do projeto é fomentar a discussão sobre o que é cultura. Para esta primeira edição, a iniciativa contará com a palestra “Música Popular Brasileira – Das matrizes africanas à indústria cultural”, realizada pelo professor das disciplinas Arte e Corpo e Arte do IFSP (Instituto Federal de São Paulo) do campus Hortolândia, Danny Anderson.

A proposta é fazer um histórico da música negra brasileira, indo das matrizes africanas até os dias atuais, passando pelos mais diferentes gêneros musicais brasileiros, desde o lundu (tipo de dança e canto de origem africana), o samba, a MPB, a black/soul music dos anos 1970, até o rap e o hip hop. A palestra integra o projeto “AfroIF”, parceria entre a Casa Quilombola e o IFSP.

Na programação da noite ainda haverão apresentações do grupo de dança e percussão Oju Obá, do Ponto de Cultura Caminhos, e do Quarteto Cultura Instrumental, com as participações dos cantores Tânia Cairo, Raffa Castro, Jr. Lima e Renan Souza.

Segundo Silvia Motta, da Associação Motta de Capoeira e Cultura Afro, a realização de atividades como essa se faz muito necessária para que a população negra seja ouvida, quebrando a invisibilidade de sua história. “Precisamos ser protagonistas da nossa história”, diz.

“Ao longo do tempo consumiram, reproduziram e capitalizaram nossa cultura afro brasileira, cultura de matriz africana, mas não valorizam”, aponta.

Para Silvia, a cultura é uma ferramenta fundamental para fazer a desconstrução do racismo velado em nossa sociedade. “Acredito que podemos ter voz através da nossa cultura. Ela aproxima pessoas e fortalece o respeito à diversidade, sempre fortalecendo e valorizando nossas raízes, para fazermos parte de uma sociedade mais justa e igualitária”, completa.

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