sábado, 20 abril 2024

Santa Bárbara tem ‘Versos da Resistência’

O Centro Cultural Edgar Tricânico D’Elboux, localizado no Conjunto Habitacional Roberto Romano, em Santa Bárbara d’Oeste, realiza na noite de hoje (11), a partir das 19h, a oficina de literatura poética marginal “Versos de Resistência”. 

A atividade terá a participação do poeta Kenedy Vinicios, que promoverá reflexões sobre o íntimo do ser humano e a expressão literária. 

Vinicios escreve e descreve sobre o potencial transformador da escrita e da poesia e, através deste encontro, o público terá a oportunidade da vivência de conhecer o seu trabalho e trocar experiências com o artista. 

Segundo ele, serão feitos jogos para evitar o bloqueio criativo e a procrastinação na escrita. 

Para Vinicios, o tema tem tudo a ver com seu estilo de escrita. “Às vezes perdemos o contato com o nosso interior e esse tema pode ser uma forma de lembrar um pouco mais da gente e como a gente se sente, no que podemos melhorar, como pessoa e como artista”, explica. 

Apesar de haver uma leitura diferente, um pouco mais “erudita” sobre o que é poesia por grande parte da sociedade, ele explica que ela sempre fez parte da juventude e da periferia. “Rap, samba, funk, MPB e várias outras artes nasceram na periferia. Temos que enfatizar isso para os nossos jovens. Eles precisam saber disso. Poesia não é aquela coisa chata, cheio de regras e afins, poesia é uma forma de expressão, a poesia é livre para expor o sentimento. E acredito que a periferia está rica de sentimento, seja de revolta, raiva, amor, ódio. Mas é maior a sede de espaço. A poesia tem luz e a periferia é iluminada, mas tentam fazer com que esqueçamos disso”, completa. 

Para Julia Motta, poeta e coordenadora das oficinas literárias que o Centro Cultural promove, a escrita periférica tem libertado muitos poetas da comunidade. “Assim como eu utilizo da ferramenta como uma saída para conhecer quem sou, para além de tudo isso a poesia nos une. Quando reconhecemos o potencial transformador da escrita, percebemos que além de palavras que saem de dentro, ela também é uma forma de cura, autoconhecimento, expressão e manifesto. Estamos em busca de esperança, por isso continuamos sonhando com as mãos e fazendo a diferença com as escritas que vem do coração”. 

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