Escrever o livro que retrata a história real, a trajetória da família, o sofrimento, o luto e a vida na esfera superior, foi a forma que Vania encontrou para viver o luto pela partida da filha, pela separação física, já que as duas eram uma única identidade
Beatriz Miano Zanaga ou simplesmente Bia. Menina alegre, descontraída e inteligente. Cursava o sétimo ano do ensino fundamental. Estava contente e ansiosa porque faria viagem a Maceió (AL) junto com a família. O mês era novembro de 2018, a viagem seria no dia 21. No dia 18, do nada, começou a passar mal e precisou ser internada, com uma pneumonia assintomática e permaneceu 60 dias na UTI. Em 17 de janeiro de 2019, Bia viajou, não para Maceió, mas para a eternidade com precoces 14 anos.
A história de Bia, portadora de Síndrome de Down, foi a inspiração para a mãe, a americanense Vania Miano Zanaga escrever o livro As Flores de Bia – Um Amor Transcendental, que foi lançado dia 29 de junho (dia que ela faria 18 anos.
Escrever o livro que retrata a história real, a trajetória da família, o sofrimento, o luto e a vida na esfera superior, foi a forma que Vania encontrou para viver o luto pela partida da filha, pela separação física, já que as duas eram uma única identidade. A escritora procurou externar na obra o sentimento de amor, de dedicação pela filha, as lutas e momentos de reflexão desde que a filha nasceu. Essa foi a forma de viver o luto, não caindo em depressão.
“Apesar de toda emoção e carinho, também tem pitada de sofrimento. O livro não é uma ficção, é uma história real”, afirmou Vânia.
