Estudo aponta que americanenses devem ter mais dinheiro para gastar em 2022
Americana registrou aumento no potencial de consumo de seus moradores neste ano, de acordo com dados do IPC Maps, que realiza cálculos anuais de índices de potencial de consumo nacional. Segundo o estudo, a expectativa é de que os americanenses consumam até R$ 10,3 bilhões em 2022, número 18,4% maior do que o estimado no ano anterior, quando o potencial era de R$ 8,7 bilhões.
A cidade também subiu no ranking que aponta as cidades que apresentam maiores potenciais de consumo. Em escala estadual, Americana subiu três posições, do 27º lugar para o 24º entre o ano passado e este ano, respectivamente. No ranking nacional, o município escalou 13 posições, da 84ª no ano passado para 77º este ano.
Os dados indicam que Americana tem cerca de R$ 1,5 bilhão disponível para gastar neste ano a mais do que tinha em 2021. Economista aponta que o crescimento no potencial de consumo está associado às melhores condições de renda e avanços no mercado de trabalho.
De acordo com o economista Bruno Pissinato, mestre em economia pela Esalq/USP, o potencial de consumo é alavancado por programas de transferência de renda, além de políticas monetárias expansionistas, comuns em anos de eleição.
O especialista comenta que o consumo já mostrava melhoras no ano passado, mas que teve impactos neste ano devido à guerra entre Rússia e Ucrânia. Conforme análise de Pissinato, houve desaceleração na economia em razão da inflação e da guerra, mas a política monetária contribuiu para o crescimento do potencial de consumo em 2022, pois ampliou o crédito e a demanda, reprimidos durante a pandemia.
A classe social que apresenta o maior potencial de consumo em Americana é a classe B (famílias que recebem de 10 a 20 salários mínimos), com potencial de 47,2% dos gastos neste ano, de acordo com o levantamento. Este grupo, entretanto, não contém o maior número de famílias na cidade e representa 32% das residências urbanas no município.
No total, os maiores gastos previstos em Americana são com habitação (R$ 2,8 bilhões); veículo próprio (R$ 1,1 bilhão); alimentação em casa (R$ 839 milhões); materiais de construção (R$ 417 milhões); e plano de saúde (R$ 411 milhões).