Cidade é a 27ª no estado com maior poder de compra em 2022
Opotencial de consumo dos sumareenses cresceu 19% neste ano. Até dezembro, o consumo total das famílias de Sumaré deve alcançar R$ 9,6 bilhões. Os dados são baseados em levantamento divulgado em maio pelo IPC Maps (Índice de Potencial de Consumo).
Neste ano, o município está na 27ª posição no ranking estadual de cidades com maior potencial de consumo. Em um ano, a cidade subiu três colocações. Em 2021, estava em 30º lugar.
A classe econômica com maior potencial de consumo em Sumaré é a C, ou seja, as famílias que recebem de quatro a 10 salários mínimos. Estas famílias representam 41% do potencial de consumo e são maioria na cidade, com 53% dos domicílios urbanos.
O potencial de consumo desta classe específica aumentou 13% neste ano e deve consumir mais de R$ 3,9 bilhões até o final desse ano.
“Temos a recuperação de empregos para a Classe C, justamente se observarmos que os níveis salariais são intermediários, ou para negócios cujos empresários são proprietários”, comentou o professor de economia da Unimep e mestre em economia pela Esalq/ USP Bruno Pissinato.
De acordo com Pissinato, a geração de empregos desta classe está concentrada nas áreas de informação; comunicação; atividades administrativas imobiliárias e financeiras; e no ramo de alojamento de alimentação, que são polos que atraem o consumo das famílias desta faixa de renda.
O economista observa que o aumento no potencial de consumo também está relacionado à emergência de um novo padrão de consumo, em que as famílias preferem opções regionais de compras, o que movimenta a economia da cidade.
Pissinato ainda analisa que a alimentação fora do lar volta a ser uma opção devido a flexibilização em restaurantes frente à pandemia, o que estimula o consumo da classe C, seja para entretenimento ou trabalho. Neste ano, famílias desta classe devem gastar até R$ 145 milhões com alimentação fora do domicílio.
A nova dinâmica local gera renda no comércio e serviços do município, o que por si só gera a sensação de maior renda disponível, de acordo com o professor. “Se observarmos os empregos gerados nos últimos meses em Sumaré, os serviços e comércio estão na dianteira”, disse.
“O padrão de consumidor da classe C antes da pandemia deixou de apresentar o perfil supérfluo, sendo altamente reprimido na pandemia. Talvez seja o momento em que a demanda reprimida dessa faixa de renda volte aos níveis de satisfação de três anos atrás [antes da pandemia]”, comentou o professor.
As outras classes também aumentaram seu poder de consumo. A classe A (famílias que recebem acima de 20 salários mínimos) aumentou 55% o potencial e deve gastar mais de R$ 1 bilhão até o final deste ano. Esta classe tem 2,4% dos domicílios urbanos em Sumaré.
A classe B (famílias que recebem de 10 a 20 salários mínimos) teve aumento de 18% no potencial de consumo. As famílias dessa classe devem gastar até R$ 3,8 bilhões neste ano e representam 24% dos domicílios no município.
As classes D e E, famílias que recebem até quatro salários mínimos, têm estimativa de gastos de R$ 657 milhões em 2022, valor 15% maior que no ano passado. Estas famílias estão em 20% dos domicílios urbanos na cidade.