sexta-feira, 26 abril 2024

Caso Serena: árbitros podem criar associação

A discussão envolvendo a tenista americana Serena Williams e o árbitro português Carlos Ramos, na final feminina do Aberto dos Estados Unidos, no último sábado, deixou a categoria de juízes de tênis preocupada a ponto de pensar em criar uma entidade própria.

De acordo com reportagem no jornal inglês The Guardian, muitos árbitros ficaram revoltados com a postura da ITF (Federação Internacional de Tênis), que demorou 48 horas após toda a confusão para soltar uma nota defendendo Ramos.

Na final do Aberto dos Estados Unidos, Serena Williams discutiu asperamente com o árbitro português, inconformada por receber uma advertência em razão de receber orientação de seu treinador Patrick Mouratoglou, durante a final com a japonesa Naomi Osaka, que foi a campeã do torneio.

Pela regra, os treinadores não podem conversar com seus atletas durante as partidas. Serena ficou irritada com a advertência, negou ter recebido qualquer orientação do técnico e exigiu que a marcação fosse revogada.

Na sequência da partida, ainda revoltada com a primeira marcação, Serena Williams seguiu discutindo com o árbitro, principalmente após ter recebido uma nova advertência, por ter quebrado uma raquete em quadra, que lhe custou um ponto; por fim, após chamar o português de “ladrão”, foi punida com a perda de um game.

Serena foi multada em US$ 17 mil (R$ 70 mil) em razão das três punições recebidas na partida.

A criação de uma entidade, de acordo com o jornal inglês, seria uma forma de proteção aos juízes, que são contratados pelos organizadores dos torneios e temem perder seus empregos caso façam alguma manifestação pública.

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