quinta-feira, 28 novembro 2024

Com Dudu, sem Viña e F. Melo, Palmeiras tem pouco do time que perdeu do Flamengo

Times voltam a se enfrentar no domingo (12) pelo returno do Brasileirão  

Bruno Henrique é marcado por Felipe Melo em jogo entre Flamengo e Palmeiras – Alexandre Vidal/Flamengo

Pouco do Palmeiras que enfrentou o Flamengo no 1º turno estará no Allianz Parque no domingo (12) para novo encontro com o rival carioca, pelo returno da competição. Entre ideias de jogo abandonadas e jogadores que perderam espaço ou deixaram o elenco, um time bastante diferente tentará a revanche daquele 1 a 0 de 30 de maio.

O Flamengo também passou por mudanças, a começar pelo técnico, que já não é Rogério Ceni, mas Renato Gaúcho. Mas do ponto de vista de escalação e estrutura, as alterações não são tão drásticas quanto as alviverdes — ainda que a saída de Gerson seja uma perda técnica para os rubro-negros.

Os dois jogadores que cuidaram do lado esquerdo da retaguarda alviverde naquela tarde no Maracanã já não estão no Palmeiras. O zagueiro Alan Empereur, que estava emprestado pelo Hellas Verona (ITA), acabou não sendo adquirido pelo Verdão. Já o lateral Matias Viña foi negociado com a Roma (ITA) de José Mourinho, perda considerável para Abel Ferreira.

Esquema com três zagueiros foi descartado

Em busca de uma formação mais dinâmica e com apoio dos alas, Abel Ferreira tentou por um bom tempo atuar com três zagueiros de ofício. Naquela partida, os escolhidos foram Luan pela direita, Empereur, canhoto, pela esquerda, e Gustavo Gómez centralizado.

Com essa escalação, Abel não precisava puxar um lateral para formar o seu tradicional tripé de saída de jogo. Atualmente, ele até entra com três zagueiros em alguns jogos, com Renan pela esquerda, mas não com o mesmo posicionamento que o time teve no Maracanã.

Marcos Rocha estava se recuperando fisicamente, e Abel prontamente escalou Gabriel Menino pela ala direita, posição em que Tite o levou para a seleção brasileira, inclusive. Mas, entre lesões e convocações, o medalhista olímpico perdeu prestígio. Quando tem entrado, tem aparecido no meio, raramente pela lateral.

Felipe Melo e Patrick de Paula formaram a dupla titular do Palmeiras naquela tarde. O camisa 30, menos móvel, tinha como função inverter as jogadas e trabalhar bolas longas para Rony e Viña.

Já Patrick, um volante de chegada e arremate, deveria se aproximar de Veiga e aproveitar as sobras. Mas logo no início da segunda etapa, Danilo e Zé Rafael, os atuais incontestáveis donos do setor, entraram em campo.

Ataque mudou em nomes e características

A dupla Rony e Luiz Adriano, que tanto brilhou fazendo gols, trocando passes e invertendo seus posicionamentos na temporada 2020, minguou. Menos, inicialmente, por opção de Abel do que por força maior. Os dois ficaram muito tempo fora de combate, tratando lesões. Rony já tem retornado ao time aos poucos. Luiz Adriano, com um edema no joelho esquerdo que vai e volta sem dar aviso, ainda tem ajudado pouco o time.

Assim, Wesley, por exemplo, que jogara apenas a partida de estreia com Abel em 5 de novembro, quando se lesionou, ganhou muito prestígio com o português. Deyverson, que nem estava no elenco ainda, também ganhou a titularidade em muitos jogos, mesmo quando Luiz Adriano estava no banco em condições de jogar, supostamente.

Abel ainda não conhecia o “fator Dudu”

Dudu ainda era jogador do Al-Duhail (CAT) quando Palmeiras e Flamengo se enfrentaram. A ideia dele, aliás, era por lá permanecer por mais dois anos. O Palmeiras também contava com essa permanência, que renderia ao clube R$ 6 milhões de euros (cerca de R$ 38 milhões). Mas a negociação estranhamente fez água, e Dudu voltou.

Sorte de Abel, que ganhou um craque, algo que lhe faltava, com facilidade de atuar no meio-campo e no ataque. E é como quarto homem do meio, que joga em progressão rompendo as linhas, que Dudu vem sendo escalado. É inegável a melhora técnica que a presença de Dudu traz ao time.

Receba as notícias do Todo Dia no seu e-mail
Captcha obrigatório

Veja Também

Veja Também