quinta-feira, 25 abril 2024

Eleição de Caboclo na CBF pode ser anulada

A eleição de Rogério Caboclo para presidente da CBF corre risco de ser anulada. Até o final do mês, uma ação proposta pelo Ministério Público que contesta mudança no colégio eleitoral da entidade poderá ser destravada no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e desencadear na anulação do pleito realizado em abril.

O Ministério Público argumenta que a confederação não respeitou os princípios de publicidade e transparência, previstos no Estatuto do Torcedor, já que os clubes da Série A não foram convocados para a assembleia que reduziu sua representatividade nas eleições da entidade.

A CBF, no entanto, entrou com recurso na Justiça alegando que o estatuto não se aplica a regras internas da entidade e, por isso, não pode ser usado para questionar a alteração no colégio eleitoral.

Na última quinta-feira, o desembargador Juarez Fernandes Folhes determinou que a 19ª Câmara Cível julgue o recurso da CBF. O caso deverá ser apreciado no dia 27 de novembro.

Se os desembargadores entenderem que o estatuto se aplica às práticas da CBF, a questão será encaminhada para o Juizado do Torcedor. A ação que contesta a legalidade da eleição de Caboclo, então, deverá ser julgada em menos de uma semana.

O Ministério Público alega também que a inclusão de pesos diferentes no pleito foi uma forma do atual grupo político que comanda a CBF manter o poder das federações na eleição, em desacordo com o objetivo da legislação que obrigou a participação dos clubes da Série B na eleição: dar maior protagonismo aos clubes na entidade.

Em março do ano passado, a CBF incluiu os 20 clubes da Série B do Campeonato Brasileiro no colégio eleitoral, mas atribuiu pesos diferentes aos participantes.

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