quarta-feira, 8 maio 2024
AÇÕES NO ESPORTE

Liga de Basquete intensifica práticas para atuar contra racismo estrutural

No Dia Nacional da Consciência Negra, LNB reforça sua posição de combate ao racismo
Por
Henrique Fernandes
Foto: Divulgação

O Dia da Consciência Negra, celebrado nesta segunda-feira (20), é uma data para lembrar toda a sociedade brasileira de uma luta permanente contra o racismo. A Liga Nacional de Basquete (LNB) vem implementando ações, desde o ano passado, que visam reduzir o racismo estrutural e a construção de uma cultura inclusiva de raça, etnia, gênero, crenças religiosas e orientação sexual.

A LNB organiza a maior liga nacional chamada NBB (Novo Basquete Brasil). Em fevereiro deste ano, os clubes que participam da NBB assinaram um acordo com em favor da pauta do combate ao racismo na esfera esportiva. No mês seguinte, foi criado o Comitê das Causas Raciais, do qual fazem parte atletas, treinadores, árbitros, juristas, especialistas na pauta ESG e outros profissionais engajados com a problemática.

O Comitê é responsável por pensar ações que combatam o racismo no âmbito do basquete brasileiro e criar iniciativas que acolham da melhor forma possíveis vítimas de atos discriminatórios.

Da experiência com as discussões no Comitê surgiu o Movimento Antirracismo LNB, um conjunto de ações para tratar tudo o que diz respeito ao combate do racismo nas quadras e fora delas. É importante ressaltar que o principal objetivo da Liga e do Movimento não é apenas entrar em ação quando ocorrer um ato racista, mas sim promover o máximo de ações preventivas para combater o racismo estrutural, reformulando o pensamento discriminatório.

Em termos práticos, o Movimento gerou o Tratado Antirracista, que será submetido à avaliação dos clubes e uma vez aprovado será acionado o protocolo antirracista em qualquer competição da Liga ou em situações que envolvam qualquer clube da entidade. O ponto principal é o acolhimento das vítimas, caso surja uma denúncia.

Não há a relativização do sofrimento de quem necessita do amparo e proteção. Na sequência, há o recebimento formal do relato da vítima para os devidos processos legais. Assim, é feita a orientação ou o encaminhamento da denúncia para os meios competentes de julgamento, seja via tribunal esportivo ou civil.

Há desdobramentos importantes do Tratado como o desenvolvimento de um plano de ações que prevê o treinamento de árbitros e delegados de partida para que saibam como proceder em situações de racismo antes, durante e após os jogos organizados pela Liga.

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