terça-feira, 26 novembro 2024

MP vê organização criminosa no Inter

O Ministério Público do Rio Grande do Sul cumpriu ontem mandados de busca e apreensão em investigação de crimes de apropriação indébita, estelionato, organização criminosa, falsidade documental e lavagem de dinheiro na gestão 2015/2016 do Internacional. Os promotores compararam o esquema instalado no clube ao de uma organização criminosa.

“O Inter é vítima de todos esses fatos e colaborou durante a investigação inteira. Estávamos diante de uma organização criminosa. Quando há todos esses desvios em braços importantes do clube, como financeiro, jurídico, patrimonial, esportivo, havia organização criminosa e a participação do presidente. Não se imagina que cada um dos dirigentes estivesse agindo por conta própria, sem a ciência”, disse Flávio Duarte, promotor e coordenador do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público.

De acordo com o órgão, foram 20 diligências. Os mandados incluem residências dos dirigentes do clube à época e sede de empresas em Porto Alegre, Eldorado do Sul e Viamão.

A lista de investigados cita seis dirigentes da gestão comandada por Vitório Piffero. Além de Piffero, são citados Pedro Affatato, ex-vice-presidente eleito e vice de finanças; Alexandre Limeira, ex-vice de administração; Emidio Marques Ferreira, que ocupou cargo de vice de patrimônio; Marcelo Domingues de Freitas e Castro, ex-vice jurídico; e Carlos Pellegrini, ex-vice de futebol.
Em outubro, o Internacional tornou Vitório Piffero, Pedro Affatato, Emídio Ferreira e Alexandre Limeira inelegíveis no clube por 10 anos.

Em entrevista à Rádio Gaúcha, de Porto Alegre, o ex-presidente Piffero negou as irregularidades e disse que vai se defender quando for chamado pelo MP.

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