quinta-feira, 28 novembro 2024

Paralimpíadas: Brasil chega a 21 medalhas de ouro e já tem melhor campanha da história

Desempenho em Tóquio superou o de Londres; país ainda está na final de futebol de 5  

Silvânia Costa comemora ouro nas Paralimpíadas de Tóquio – Wander Roberto/CPB

O Brasil já tem, em Tóquio, a melhor campanha de sua história nos Jogos Paralímpicos. Por enquanto o desempenho brasileiro no Japão está empatado com o de Londres-2012 tanto em número de ouros (21) quanto de pratas (14), mas já à frente nos bronzes (26 a 8). Além disso, ao menos mais uma medalha virá na próxima madrugada, quando a seleção brasileira masculina de futebol de 5, para cegos, disputa a final da modalidade contra a Argentina.

A certeza da campanha recorde veio com a medalha de ouro de Thiago Paulino, o Thiagão, no arremesso de peso na classe F57, em prova que também teve medalha de bronze de Marco Aurélio Borges. Um chinês ficou entre eles, com a medalha de prata.

A competição de natação, em que o Brasil ganhou oito medalhas de ouro, já acabou, nesta sexta-feira (3), com um último bronze do Brasil, com Wendell Belarmino, da classe para cegos, nos 100m borboleta. Quando esse resultado aconteceu, a natação liderava o quadro de medalhas interno do Brasil, empatada com o atletismo em ouros e pratas, mas na frente pelos bronzes.

Mas é o atletismo que vai terminar essa disputa na frente, e com recorde de medalhas. A modalidade chegou à sua nona medalha de ouro hoje, superando, assim, a campanha da Rio-2016, quando o Brasil ganhou oito medalhas de ouro, 14 de prata e 11 de bronze, em um total de 33.

Ainda há mais medalhas para ganhar, porque as competições de atletismo ainda têm mais um dia de provas no Estádio Nacional de Tóquio, neste sábado (4) no Japão, e com a disputa da maratona em cinco classes diferentes no domingo (5), fechando a programação da Paralimpíada.

A tendência é que essas provas permitam ao Brasil ampliar seu recorde de medalhas de ouro tanto no geral quanto no atletismo. Mais difícil será a meta de bater o recorde total de medalhas, nas duas listas. No atletismo o país tem 22 medalhas, contra 33 da campanha da Rio-2016, e no geral são 61, ante 72.

Ao menos uma medalha virá do futebol de cinco, que disputa a final contra a Argentina. No vôlei sentado, o Brasil está nas duas decisões do bronze, no masculino e no feminino, contra Bósnia e Canadá, respectivamente.

Além disso, o país tem chances reais de medalha no taekwondo (Debora Menezes é a atual campeã mundial da categoria e luta amanhã), no parabadminton (Vitor Tavares está na semifinal) e nas provas de caiaque da canoagem velocidade.

Por enquanto o país está no sétimo lugar do quadro de medalhas, um ouro atrás da Holanda e a três da Ucrânia. Mas há chances de o Brasil ganhar essas duas posições e ficar em quinto. Os holandeses concentram suas medalhas no ciclismo e, os ucranianos, na natação, e essas duas modalidades já encerraram suas disputas.

De qualquer forma, na pior das hipóteses o Brasil repete o sétimo lugar de Londres-2012. Isso porque o oitavo colocado em Tóquio é a Austrália, que está três medalhas de ouro atrás do Brasil e concentra suas medalhas na natação.

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