sábado, 23 novembro 2024

Unai Simón se redime de falha bisonha e leva Espanha à semi da Eurocopa

Pouco acionado durante toda a partida e após falha bizarra contra a Croácia, foi o goleiro espanhol Unai Simón quem chamou a responsabilidade nos pênaltis. Ele defendeu duas cobranças e viu Vargas mandar a dele para longe, garantindo a classificação de sua seleção 

Os espanhóis chegam à semifinal após terem caído nas oitavas em 2016 ( Foto: Divulgação/Eurocopa)

Depois de fazer o melhor jogo da Eurocopa, ao vencer a Croácia por 5 a 3 na prorrogação, a Espanha quase decepcionou nesta sexta (2), em São Petersburgo, na Rússia. Pelo menos vieram os pênaltis. Por 3 a 1 nas cobranças, a equipe venceu a Suíça e está na semifinal da Eurocopa. Nos 120 minutos -tempo regulamentar mais prorrogação- o placar ficou em 1 a 1.

Na partida foi economizada a emoção durante as duas primeiras etapas. A prorrogação, no entanto, foi um jogo de ataque contra defesa. A Espanha atacava mais, mas estava presa no ferrolho montado pela defesa da Suíça, garantida especialmente na boa atuação do goleiro Sommer.

Pouco acionado durante toda a partida e após falha bizarra contra a Croácia, foi o goleiro espanhol Unai Simón quem chamou a responsabilidade nos pênaltis. Ele defendeu duas cobranças e viu Vargas mandar a dele para longe, garantindo a classificação de sua seleção.

O primeiro gol do jogo saiu aos sete minutos do primeiro tempo. Jordi Alba chutou com força de fora da área, a bola desviou em Zakaria e escapou do goleiro Sommer, que já estava preparado para abraçá-la.

Alba comemorou como se o gol fosse dele. E seria. Mas, após análise, a interpretação da arbitragem qualificou o lance como um gol contra justamente pelo desvio de Zakaria. A decisão enganou até o Twitter oficial da Seleção Espanhola.

A Suíça só empatou aos 22 da segunda etapa, após erro de Laporte e Pau, zagueiros espanhóis, que entregaram a bola a Freuler. Ele passou para Shaqiri mandar para a rede.

Embalada por ter eliminado a França, a Suíça queria mesmo colocar fim à campanha da Espanha, tanto que tentou compensar a falta de emoção ao subir para o ataque em muita velocidade, sempre pelas laterais. Faltava um bom último passe.

Com a missão de levar emoção a quem assistia, o que a Espanha não conseguia fazer, a Suíça até ficou com um a menos. Aos 30 minutos, Freuler entrou de carrinho em Gerard Moreno, que foi atingido em cheio. Cartão vermelho na hora, sem dúvida alguma para o árbitro.

E aqui cada time tentou fazer o que aprendeu na prorrogação das oitavas. A Suíça se defendeu, tentando encontrar contra-ataques para furar a defesa espanhola, enquanto a Espanha passou a tocar a bola com mais contundência. Aos dois minutos, Gerard Moreno quase balançou a rede. Assim vieram chances de Jordi Alba, Llorente, Olmo, Pau Torres, Gerard Moreno de novo…

Aos 10 minutos do primeiro tempo da prorrogação, Moreno chegou chutando de canhota, frente à frente com o goleiro Sommer, mas o suíço foi rápido e mandou para escanteio. Foi a chance mais clara. Oyarzabal também mandou uma bomba de fora da área, mas quem estava lá? Sommer.

No segundo tempo da prorrogação, foi a vez de Ricardo Rodríguez salvar a Suíça. No gás, o lateral-esquerdo deu um carrinho na direção do chute de Llorente, travando a finalização. Gerard Moreno ainda tentou mais vezes, porém sem a intensidade dos 15 minutos anteriores. Então, restou ao jogo ser definido na consequência do ferrolho que se propôs a Suíça.

Deu errado

Nos pênaltis, Busquets (na trave) e Pedri (defesa de Sommer) perderam para a Espanha. Olmo, Moreno e Oaryzabal converteram. Schär e Akanji, ambos em defesa de Unai Simón, e Vargas desperdiçaram pela Suíça. Só Gavranovic marcou para os suíços

Os espanhóis chegam à semifinal após terem caído nas oitavas em 2016. Nas duas edições anteriores, 2012 e 2008, foram campeões europeus. 

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