sábado, 23 novembro 2024

Cooperativismo é alternativa ao sistema financeiro

Por Eleutério Benin

Com geração de impacto positivo nas comunidades onde atua, o cooperativismo de crédito tem se mostrado uma opção alternativa para quem, ao investir seu dinheiro, promove a construção de uma sociedade mais próspera. Essa possibilidade vem se fortalecendo há mais de um século no Brasil, a partir de conceitos como ajuda mútua, solidariedade e colaboração e que foram desenvolvidos na prática pelo padre suiço Theodor Amstad, fundador da primeira cooperativa de crédito do país, em 1902, e que seguem como princípios do modelo de negócio até hoje.

Desde a sua fundação, um dos diferenciais do cooperativismo de crédito é a busca constante pela valorização e fortalecimento do relacionamento com o associado. Essa proximidade é a base do modelo, construído de modo participativo em sua essência. Os associados, como donos do negócios, atuam de forma igualitária nas decisões da cooperativa, visando à promoção da geração de renda e desenvolvimento regional das áreas de atuação.

Um benefício contínuo descrito na pesquisa “Benefícios Econômicos do Cooperativismo de Crédito na Economia Brasileira”, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O levantamento demonstra que o cooperativismo incrementa o Produto Interno Bruto (PIB) per capita dos municípios onde atua em 5,6%, cria 6,2% mais vagas de trabalho formal e aumenta o número de estabelecimentos comerciais em 15,7%.

Além do desenvolvimento regional, o cooperativismo de crédito realiza ações de responsabilidade social e de impacto positivo diretamente nas comunidades com movimentos de apoio à economia local, aos produtores rurais, de educação financeira, inclusão de jovens e mulheres, e da ampliação no uso de fontes de energia renováveis.

Um movimento colaborativo que vem crescendo nos últimos anos aliando também a necessidade cada vez mais latente da população na busca por negócios mais sustentáveis e conscientes.

O cooperativismo de crédito representa essa nova forma de pensar em economia, somada à experiência de mais de um século de atuação em todo o Brasil. E, por isso, cada vez mais pessoas estão se conscientizando que a escolha pela instituição financeira também pode ser uma decisão para geração de impacto positivo na sociedade. 

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