domingo, 19 maio 2024

Segurança com saúde: o novo normal está no ar

Enquanto a comunidade científica busca uma solução definitiva para a Covid-19, o mundo teve de se adaptar rapidamente, adotando inúmeras medidas para evitar riscos. Não foi diferente para a indústria de transporte aéreo, atividade que sempre teve verdadeira obsessão por Segurança. Nos últimos tempos, o setor aéreo tem comemorado números sem precedentes em termos de qualidade da Segurança Operacional. E é muito gratificante acompanhar a melhoria, ano após ano, dos já baixíssimos índices de acidentes e fatalidades.

Isso se torna ainda mais inspirador quando se pensa no tamanho e na importância da aviação como meio de transporte de massa: em 2019, cerca de 4,5 bilhões de pessoas cruzaram os céus do mundo a bordo de uma aeronave, ou seja, mais da metade da população do planeta. Só na GOL foram mais de 36 milhões de Clientes transportados.

A partir de números revelados por órgãos como Oaci e Iata, é possível demonstrar a dimensão dos indicativos atuais: para correr algum risco de acidente fatal, um passageiro precisa voar todos os dias, sem exceção, durante cerca de 27 mil anos. Incrível, não? Índices tão promissores não são obra do acaso. A tecnologia tem ajudado muito, seja por meio de aeronaves e motores cada vez mais confiáveis, seja por conta dos avançados sistemas de controle de tráfego aéreo ou por meio de sofisticadas análises de dados. O treinamento também tem evoluído rapidamente, combinando conhecimentos técnicos com habilidades de gestão para tripulantes e times de solo. As agências reguladoras, como a Anac, também têm contribuído, com requisitos cada vez mais exigentes e, ao mesmo tempo, inteligentes.

Contudo, talvez o mais importante fator para que o transporte aéreo tenha se tornado o meio de transporte mais seguro do planeta seja a capacidade de aprender colaborativamente. As empresas aéreas possuem processos robustos e controles precisos, capazes de identificar rapidamente qualquer problema que possa afetar a Segurança. E essas informações são compartilhadas o tempo todo.

Esse compartilhamento é feito por meio de uma série de fóruns, grupos de trabalho e reuniões específicas. É o momento em que se baixa a guarda da competitividade para deixar emergir o espírito colaborativo.

É verdade que causa um certo estranhamento nos deparamos com os aeroportos – verdadeiros organismos vivos – tão vazios atualmente. Porém, após passarmos pelo raio-X, já percebemos uma diferença no ar: cafés em funcionamento, pessoas conversando, algumas risadas… É o ensaio de uma volta à vida. Até que as pessoas possam expor sem disfarces seus sorrisos umas às outras, as empresas aéreas continuarão a fazer o impossível para que voar continue sendo, além de muito seguro, um momento feliz.

Escrito por: Danilo Andrade

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