segunda-feira, 13 maio 2024

Tia Neide

Pastor Presbiteriano da Igreja Presbiteriana de Americana

Esta semana, dia 28, a cidade de Americana perdeu uma pessoa muito querida, – “Tia Neide”, como ficou conhecida, que chegou em Americana em 1937 com seus familiares. Presbiteriana de berço, na igreja, desde muito cedo, encontrou seu esposo, Sr. Golhardo Belotti, com quem teve duas lindas filhas. Com o tempo as filhas casaram e Golhardo e Neide tiveram mais alegrias: a chegada dos netos e bisnetos.

Escrevo essas linhas com lágrimas. As lembranças que invadem a mente são só lembranças boas. Tia Neide só deixou lembranças boas na vida de quem a conheceu. Na Igreja Presbiteriana, onde ganhou o substantivo “tia” acrescentada ao seu nome, ela ganhou o respeito e carinho de todos. 

Dezenas e dezenas de adultos foram seus alunos nas classes da Escola Dominical. Eximia contadora de histórias. Dominava a técnica com perfeição. Contava histórias para crianças e adultos. Não tinha quem não apreciasse. Seu tom de voz era sempre carregado de ternura. 

Em 30 anos de pastorado nunca a vi brava, nervosa com alguma coisa. Ela só ficava chateada quando percebia a maldade das pessoas em alguns momentos. E, se ela pudesse corrigir, corrigia. Mas, corrigia com espírito de brandura, mansidão. Era adorável. Impossível alguém não gostar dela. Quem a conheceu sabe do que estou escrevendo.

Desde criança ela sempre serviu ao Senhor Jesus Cristo. Creio que daí vinha a sua doçura. Seu jeito carinhoso de ser. Ela, por onde ia, exalava o bom perfume do Senhor Jesus. Somente o Senhor Jesus Cristo, com sua graça maravilhosa, nos faz ser pessoas boas. Foi assim com Tia Neide.

Na terça-feira, me permiti imaginar Tia Neide sendo recebida no céu, num ambiente de pura festa. Creio que ela ouvia dos lábios de Jesus: “Vinde, bendita de meu Pai! Entrais na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo, porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me hospedastes; estava nu, e me vestistes; enfermo, e me visitastes; preso, e fostes ver-me”.

Tia Neide, teus dias de luta terminaram! Descanse em paz!

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