sexta-feira, 19 abril 2024

Caso Susana: Polícia prende suspeito de matar mulher no interior de São Paulo

Vítima desapareceu na quarta-feira (17) e foi achada morta no dia seguinte em uma área de mata às margens da rodovia Vereador Humberto Pellegrini, que liga Itapetininga a Alambari. 

o corpo de Susana foi encontrado por parentes que faziam buscas às margens da Rodovia Vereador Humberto Pellegrini, onde a gerente teria sido vista pela última vez por dois ciclistas. (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

 A Polícia Civil de Itapetininga, interior de São Paulo, prendeu, na noite de domingo (21), um homem suspeito de roubar e matar a gerente Susana Dias Batista, de 47 anos.

Ela desapareceu na quarta-feira (17) e foi achada morta no dia seguinte em uma área de mata às margens da rodovia Vereador Humberto Pellegrini, que liga Itapetininga a Alambari.

Segundo o delegado Agnaldo Nogueira Ramos, titular da Delegacia de Investigações Gerais de Itapetininga e responsável pelas investigações, a polícia chegou ao homem de 36 anos após seguir as imagens das câmeras de segurança que registraram o trajeto feito por ele.

“Tínhamos imagens que mostravam ele abandonando a picape às 15h36 e depois andando ao lado do muro de um condomínio de luxo às 15h40”, afirma o delegado.

Segundo Nogueira, a portaria do condomínio não tinha câmeras, mas os funcionários informaram quem era a pessoa que tinha entrado no local naquele horário.

“Fomos então investigar e ver quem era aquele homem e descobrimos que o nome correspondia a uma pessoa idêntica à que aparecia nas imagens e que ele era um pedreiro que trabalhava em obras nesse condomínio”, pontua o delegado.

A partir daí, a polícia ainda ouviu testemunhas que o reconheceram nas imagens e entrou com o pedido de prisão.

De acordo com as informações passadas pelo delegado, o homem é natural do estado do Maranhão, onde tem esposa e três filhos. Ele mora em Itapetininga há um ano e dois meses, sempre trabalhando como pedreiro em construções de residências e condomínios. Não tem antecedentes criminais nem em São Paulo, nem no Maranhão.

“Passamos a procurá-lo desde que o mandado foi expedido na sexta (19). Conseguimos prendê-lo no domingo (21) na casa de um amigo. O rapaz não sabia do crime, nem que ele estava ali com o objetivo de se esconder”, conta Nogueira.

O homem ainda tentou correr, mas foi contido e algemado. Na delegacia, ele confessou o crime, mas disse que não foi planejado, que não conhecia a vítima e que não a estuprou.
“Ele alegou que, de repente, teve a ideia de abordar a vítima. Mandou a mulher entrar no carro, exigiu que ela entregasse o dinheiro, mas ela disse que não tinha, que ele poderia levar o carro”, relata o delegado.

Segundo explica Agnaldo Nogueira Ramos, o homem afirmou que foi neste momento em que ele decidiu mandá-la sair com o carro. “Ele diz que foi indicando para ela o trajeto. Em um determinado momento, mandou que ela parasse no acostamento, descesse do carro e então adentrou com ela na mata mediante ameaça”.

À polícia, homem negou que estivesse armado. Ele alegou apenas que pediu que Susana tirasse a roupa porque queria ver se ela tinha dinheiro nos bolsos, que a atingiu com uma pedra porque ela se desesperou e começou a gritar, e que depois disso foi embora. A polícia, porém, não acredita nesta versão.

“A nossa convicção é de que talvez ele até tenha abordado a vítima com a ideia do roubo mesmo, mas, no meio do caminho, teve a ideia de abusar sexualmente dela”, afirma o delegado Nogueira Ramos.

Ele também não acredita que o homem não estivesse armado. “Não teria conseguido constranger a vítima a fazer o que ele queria sem portar uma arma”. Nogueira também contesta a declaração de que ele teria a atingido apenas uma vez, já que o corpo apresentava hematomas por toda a face.

Segundo a SSP, (Secretaria de Segurança Pública), o homem foi indiciado por latrocínio e estupro. Ele foi levado para um Centro de Detenção Provisória da região.

O delegado ainda firmou que o homem ainda não tem defesa e que ele foi indiciado por estupro porque, mesmo que não fique comprovada no laudo a “conjunção carnal”, o fato de ele ter praticado ato libidinoso contra a vontade da vítima já é o suficiente para enquadrá-lo pelo crime de estupro.

O desaparecimento Susana era gerente de uma loja de máquinas e ferramentas e foi vista pela última vez na quarta-feira (17) por volta das 14h30. A vendedora saiu para almoçar dirigindo o carro da empresa e não voltou.

Horas depois, um colega de trabalho foi informado de que o veículo em que Susana estava tinha sido encontrado abandonado perto a um hospital da cidade, com uma das rodas danificadas e os bancos empurrados para a frente.

Segundo a polícia, a família da vítima conseguiu rastrear o aparelho celular da gerente e descobriu que, após deixar a empresa, ela foi a uma farmácia no centro da cidade de Itapetininga.

Os familiares procuraram comércios das áreas por onde Susana teria passado e conseguiram achar imagens de câmeras de segurança que mostravam a mulher sendo abordada por um homem ao sair da farmácia.

A investigação também conseguiu imagens de outra câmera que mostrava o veículo da empresa passando pela avenida Dr. Ciro Albuquerque às 14h49, indo em sentindo a Alambari, e às 15h26, retornando a Itapetininga.

Informados do desaparecimento, a Polícia Militar e a Guarda Civil Metropolitana passaram a realizar buscas na região onde havia sido registrado o último sinal de localização do celular de Susana.

No fim da tarde de quinta-feira (18), o corpo de Susana foi encontrado por parentes que faziam buscas às margens da Rodovia Vereador Humberto Pellegrini, onde a gerente teria sido vista pela última vez por dois ciclistas.

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