O policial militar Maxuel Gomes Ribeiro, de 28 anos, foi preso em flagrante após matar a tiros o próprio irmão, Rudson Kelson Ribeiro, de 41 anos, na última terça-feira (8), em Campinas. O crime aconteceu na frente da mãe deles e de um outro irmão dos envolvidos. O próprio autor do assassinato, que estava de folga, foi quem acionou a Polícia para avisar que cometeu o crime e esperou no local para se entregar à prisão.
A condição que ele deu ao ser preso foi a de não falar sobre o motivo do crime. O caso segue em investigação pela Polícia Civil, por meio do 9º Distrito Policial (Jardim Aeroporto), e pela Corregedoria da Polícia Militar.
Segundo policiais que trabalharam no atendimento da ocorrência, o PM fez ao menos sete disparos contra o irmão, que morreu dentro da casa onde aconteceu o crime, na Vila Palmeiras, região do Jardim Campo Belo.
Quando uma equipe da PM chegou ao local para prender o acusado de assassinato, o policial estava “tranquilo”, sentando em uma cama, com um violão na mão.
Ao ligar para confessar o crime, ele informou que deixaria a arma sem munição em determinada área da casa e a mesma foi apreendida. Era uma pistola Taurus PT 24/7, propriedade da PM do Estado de São Paulo.
O policial, que servia na 4ª Companhia do 22º BPM/M (Batalhão de Polícia Militar Metropolitano), na Capital, foi autuado em flagrante na 2ª Delegacia Seccional de Polícia Civil de Campinas, e após a formalização do flagrante ficou à disposição da Justiça para passar por Audiência de Custódia.
A reportagem confirmou junto ao TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo que a audiência ocorreu nesta quarta-feira (9) e que a prisão em flagrante foi convertida em prisão preventiva por tempo indeterminado.
O PM Maxuel está preso no Presídio Militar Romão Gomes, destinado a policiais militares acusados de crimes. Em nota oficial, a PM informou que acompanha o caso por de sua Corregedoria. O homem morto era mecânico e deixa três filhos, de 15, 10 e 9 anos.
SEGUNDO CASO
Em Campinas, foi o segundo caso em 15 dias em que um policial militar é preso em flagrante acusado de assassinato. No dia 23 do mês passado, outro crime ocorreu dentro do 47º BPM/I.
O soldado Thiago Machado, de 34 anos, chegava ao local para trabalhar quando outro policial, utilizando duas armas, atirou nele várias vezes. Machado chegou a ser socorrido no Hospital Municipal Dr. Mário Gatti, mas não resistiu aos ferimentos.
O acusado pelo crime, o também soldado Cléber Avelino, 37 foi preso na hora. A Polícia não revelou a motivação para o crime.
