Policial militar é preso como autor dos disparos que matou dois jovens em show, em Piracicaba

Ele prestou depoimento à delegada responsável pelo caso, Juliana Ricci, na sede da Deic (Divisão Especializada de Investigações Criminais) de Piracicaba. Segundo a delegada, ele confessou ter efetuado os disparos, mas não admitiu ter matado e disse ter disparado a arma para se defender.

O policial foi encaminhado ao Presídio Militar Romão Gomes, em São Paulo (capital). Segundo Ricci, ele estava acompanhado da esposa, que também é policial militar, no show e de mais quatro amigos.

A delegada disse que não teve briga antes dos disparados de acordo com as testemunhas. “Não houve uma briga de casal. O que houve foi um empurra-empurra. O local estava lotado e aí acabou tendo um desentendimento entre eles”, informou em coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira.

Juliana Ricci disse que o autor dos disparos e as vítimas não se conheciam. “Ele disse que houve no empurra-empurra a arma dele acabou caindo e ele acabou pegando a arma. Quando ele recuperou a arma, as pessoas partiram para cima dele e ele atirou para se defender. Essa é a alegação dele. Ele fala que não sabe quantos disparos fez, mas foram recuperadas as cápsulas e a arma dele não foi apresentada aqui (na delegacia)”, disse Ricci.

A estudante universitária Heloise Magalhães, de 23 anos, e o técnico em transportes Leonardo Cardozo, de 26 anos, foram vítimas do tiroteio no domingo (20), durante um show sertanejo em Piracicaba.

Os crimes aconteceram durante um show da dupla sertaneja Hugo & Guilherme, no distrito da Unileste, em Piracicaba. Além dos dois jovens que morreram, outras duas pessoas ficaram feridas. Um homem de 27 anos foi atingido na cabeça e está internado em um hospital particular. Um quarto rapaz teve ferimentos de raspão e procurou atendimento por conta própria.