sexta-feira, 26 abril 2024

A importância da vacinação

No início do século 20, as doenças infecciosas, como poliomielite, coqueluche, difteria, varíola e sarampo, eram responsáveis por grande parte das mortes no Brasil. Com a melhora da condição de vida e, principalmente, em razão das campanhas de vacinação, esse panorama mudou. 

Segundo a Revista Brasileira de Epidemiologia, em 1901, entre as 10 principais causas de morte na capital paulista, 5 eram doenças infecciosas, correspondendo a 45,7% das mortes; em 2000 apenas a pneumonia constava entre as principais causas e representava 9,7%. 

Desde que o Ministério da Saúde instituiu o Plano Nacional de Imunizações, em 1973, essas doenças foram sendo controladas e, algumas, como a poliomielite (paralisa infantil), foram erradicadas. 

Mas o sucesso dessas campanhas de vacinação está ligado diretamente à aceitação das pessoas. 

No entanto, ainda há muitos que são contra vacina, que se recusam a ser vacinados ou levar os filhos para serem imunizados. 

Um dos motivos alegados é que a vacina é produzida com toxinas e componentes dos micro-organismos que causam a doença. Nesse caso, há versões atenuadas (vírus ou bactéria enfraquecidos) ou inativas (vírus ou bactéria mortos). 

“São questões religiosas, ideológicas e crenças erradas de que a doença não existe, de que não precisa de vacinação”, afirma Lessandra Michelin, infectologista e diretora da Sociedade Brasileira de Infectologia, explicando que é o mesmo princípio de alguns antigos tabus, como “comer manga com leite faz mal”.

“Se não fosse a vacina, teríamos doenças com impacto devastador, como o sarampo, que deixa sequelas neurológicas permanentes. Historicamente, temos vários exemplos de vacinas que mudaram o curso de doenças, como a poliomielite ou o sarampo, que eram doenças que matavam ou que deixavam sequelas com sérias preocupações de saúde pública”, diz Gustavo Mendes, gerente geral de Medicamentos da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). “As vacinas, no cenário da saúde, são muito importantes.” 

Confira a seguir o calendário de vacinação e tire suas dúvidas. 

(Arte | Folhapress)

 
 

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