sábado, 11 maio 2024

Vaquinha pela web desacelera na Copa

Dois meses após o início das vaquinhas eleitorais, as campanhas de financiamento coletivo dos pré-candidatos à Presidência não decolaram e ainda sofreram uma desaceleração durante o período da Copa do Mundo.
Mesmo tendo sido um dos últimos a começar a coleta, no início de junho, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), lidera a arrecadação, com 4.096 doações até a tarde de sexta, totalizando R$ 381 mil.
O valor, no entanto, representa 0,1% dos R$ 350 milhões arrecadados pela campanha vitoriosa da ex-presidente Dilma Rousseff em 2014, quando as doações de empresas ainda eram permitidas.
Na sequência, está o pré-candidato pelo Novo, João Amoêdo, que arrecadou R$ 265,8 mil. O total de doações do terceiro colocado, Ciro Gomes (PDT), já cai para R$ 44 mil.
Levantamento feito pela Folha de S.Paulo identificou que as campanhas de presidenciáveis viram uma desaceleração nas doações nas últimas três semanas. A de Lula, por exemplo, que vinha arrecadando cerca de R$ 164,7 mil semanais, caiu para R$ 17 mil por semana, 10% do que coletava antes. O mesmo ocorreu com a de Amoêdo, cujas doações caíram para 16% do valor anterior.
Na avaliação do cientista político e pesquisador em democracia digital Max Stabile, a desconfiança do brasileiro com a política trava a possível criação de uma cultura em que o cidadão financia seu candidato favorito.
O efeito da Copa do Mundo também entra na conta. “A agenda mudou muito nessas semanas. O país parou um pouco de discutir política e todo mundo está discutindo futebol.”
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