quinta-feira, 2 maio 2024

Molina defende imposto único

Fim do foro privilegiado, imposto único e verbas parlamentares primordialmente para as regiões que elegeram o deputado. Essas são algumas das pautas defendidas pelo empresário Ricardo Molina (PRB), que estará na disputa eleitoral por uma vaga de deputado federal. Gestor durante anos do time de basquete feminino de Americana, Molina foi reeleito recentemente como presidente da LBF (Liga de Basquete Feminino), mas se licenciou do cargo para focar na campanha.
Sem nenhuma ligação anterior com a política, Molina contou ontem, em entrevista ao TODODIA, que começou a analisar a proposta do PRB em fevereiro. Uma das pautas defendidas pelo pré-candidato é o fim do foro privilegiado. Tema que, segundo ele, “incomoda” algumas pessoas que já estão na política.
“Naturalmente alguns deputados nos procuram para fazer as dobradas, porque é interessante ter alguém do lado. Dói ouvir da pessoa que ‘poxa, já dei minha contribuição, cinco, seis anos de mandato, mas preciso ir novamente’. Aí você pergunta por que. E a resposta é: ‘preciso do foro privilegiado’. 50% dos que estão postulando para deputado federal ou estadual estão postulando por causa do foro privilegiado. Se acabar o foro, acaba o interesse da pessoa que não está preocupada com o País”, afirmou Molina.
Para reduzir o custo político no Brasil, o empresário acredita que a implantação de um imposto único e redução da estrutura política seriam essenciais. “Não adiantar falar que vai baixar o ICM e aumentar outro imposto. (…) A taxa hoje é de 37% de imposto. Não adianta só ter imposto único, tem que reduzir estrutura. E reduzir estrutura é principalmente reduzir custo político. Quando isso diminuiu, tem necessidade de menos ministério. Dá condição do País ser mais competitivo”, explicou.
Já a utilização de verbas parlamentares impositivas em regiões nas quais o deputado não foi eleito é uma incoerência, na visão de Molina. “Não faz sentido a pessoa ser eleita por uma região e aí pega esse dinheiro e leva para outra região, preocupada para a próxima eleição abrir uma área de novos eleitores. E essa turma que já votou em você? Em sã consciência, o compromisso do deputado é: maioria dos votos de Americana? Maioria dos recursos para Americana. E depois proporcionalmente para cada cidade de onde vieram os votos”, opinou.
PARTIDO
Molina garante ainda que, caso eleito, terá autonomia para votar de acordo com suas convicções. “Eu conversei com o presidente estadual do partido e  falei que só tinha uma condição: se eu for eleito, não vou votar muitas vezes com o partido. Tem coisas que o partido vai votar juntos? Nos fale antes. Aí eu falo que vou votar contra por isso e isso. Se eu não puder votar do jeito que eu quiser, prefiro nem começar. (…) Respeito sim a hierarquia do partido, mas as ações são individuais”, garantiu.
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