quarta-feira, 9 outubro 2024
Custo da alimentação

Incêndios florestais e estiagem devem elevar preço dos alimentos

As previsões indicam que as condições climáticas extremas afetarão os alimentos em nível global
Por
Felipe Gomes
Foto; Tânia Rego/ Agência Brasil

As grandes queimadas que atingiram o estado e o prolongado período de estiagem têm gerado preocupações entre especialistas e a população, especialmente em relação ao impacto no preço dos alimentos. Com a agricultura sendo uma das atividades mais afetadas pelas condições climáticas extremas.

Os incêndios florestais, frequentemente associados à práticas criminosas e à falta de políticas públicas eficientes de preservação ambiental, refletem não apenas nas vegetações nativas, mas também nas lavouras.

De acordo com o economista Múcio Zacharias, as queimadas reduzem a oferta de produtos agrícolas, levando a um aumento nos preços. “Alguns itens já apresentam aumento de preço, não só no Brasil como internacional. Nós temos a obrigação de analisar também o cenário internacional, porque o Brasil é um fornecedor mundial”, comentou o economista.

Os produtos mais vulneráveis a este momento que o país enfrenta incluem grãos como arroz e feijão, além das hortaliças e frutas. O aumento dos preços desses itens impacta diretamente as famílias, especialmente aquelas de baixa renda, que já enfrentam dificuldades diariamente “Nós estamos falando desde suco de laranja a batata, arroz e feijão. Se a gente eleger um item para substituir, nós vamos estar abrindo mão, mas em sacrifício. Não são itens necessariamente elásticos, são itens na verdade inelásticos, aqueles que você observa que precisa deles para poder compor a sua cesta básica”, enfatizou Mucio.

Com as previsões climáticas indicando que essas situações extremas podem se tornar cada vez mais comuns nos próximos anos, se torna essencial que tanto os agricultores quanto os consumidores estejam preparados. Medidas proativas podem ajudar a amenizar os impactos econômicos e garantir a segurança alimentar da sociedade.

À medida que o debate sobre mudanças climáticas se intensifica, fica claro que a criação de políticas públicas concretas são necessárias para proteger não apenas o meio ambiente, mas também a economia e o bem-estar da população.

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