O prefeito de Americana, Omar Najar (MDB), afirmou em entrevista à Rádio Azul nesta sexta-feira (21) que não vai alterar o Viaduto Amadeu Elias, para que volte a ter dois sentidos. O Najar afirmou que isso ficará para o próximo prefeito.
O pedido para a volta do sentido bairro-Centro é de comerciantes e moradores de locais mais próximos ao viaduto, principalmente do Jardim Colina. A assessoria de imprensa da prefeitura foi questionada sobre o assunto, mas não respondeu até o momento.
A reivindicação dura cerca de um ano e ganhou destaque novamente porque vem sendo usada como tema de campanha de pré-candidatos à prefeitura. A Acia (Associação Comercial e Industrial de Americana) e alguns vereadores defendem a mudança.
No início do ano, Omar disse que a prefeitura encomendou um estudo para saber a viabilidade da mudança e se o viaduto aguenta maior circulação de carros, com três faixas de tráfego, e se há espaço para isso.
Nesta semana, o vereador Welington Rezende (Patriota) foi ao viaduto e fez fotos no local medindo as faixas. Depois, postou no Facebook que como o diretor de Trânsito da prefeitura não lhe deu retorno, resolveu fazer a medição.
“A largura do viaduto é 9,27 m, apenas 0,23 cm a menos que o Viaduto Centenário, que tem faixas nos dois sentidos de direção. Por que não apresentar o estudo de segurança estrutural que pode fundamentar a liberação dos dois sentidos de direção do Amadeu Elias?”, publicou na quarta-feira (19).
Na sessão da Câmara de quinta (20) ele voltou a falar do tema e ganhou apoio do Professor Padre Sérgio (PT).
Na entrevista de hoje, Omar rechaçou um dos argumentos dos comerciantes. “Não acho que tenha base o argumento que apresentaram. O fluxo maior é da região que vai para lá. O pessoal que vai do Centro para a região do Colina vai subir automaticamente a Avenida Paulista ou a paralela. Se ele achar interessante uma padaria ele para. Essa justificativa que caiu o comércio caiu no Brasil inteiro, não só lá”, disse.
O prefeito continuou. “Agora, você vai lá, o Crema, não tem onde estacionar. O McDonald’s está lotado, a sorveteria, sempre lotada. Não sei qual é a justificativa. Queria até saber quais são as lojas que se dizem prejudicadas. Até agora só veio papo pro ar, não me provaram nada. Está difícil para todo mundo. Se mudar aquilo lá vai ser o caos novamente”, afirmou.
“Fiquei sabendo que um vereador foi lá fazer a medição novamente… Eu não estou disposto a resolver isso, o próximo prefeito que esquente a cabeça”, disse.