Os funcionários dos Correios decidiram manter o estado de greve, deflagrado no dia 18 de julho, até a próxima terça-feira (14), quando será decidido se os trabalhadores irão paralisar as atividades em todo o país. Em assembleia realizada ontem, a categoria foi informada da proposta de mediação apresentada pelo TST (Tribunal Superior do Trabalho), que prevê reajuste de 3,68% referente ao INPC (Índice nacional de Preços ao Consumidor) do período e manutenção das cláusulas sociais.
O eixo da campanha salarial da categoria é a reposição da inflação do último ano mais um reajuste salarial de R$ 300 linear e a manutenção das cláusulas do acordo coletivo.
De acordo com diretor de imprensa do Sindicato dos Trabalhadores em Correios de Campinas e Região (Sintectcas), Luciano Zubinha Pires, as negociações com a ECT (Empresa de Correios e Telégrafos) ocorrem desde o mês de junho, quando a empresa ofereceu em uma primeira proposta um reajuste salarial de 1,58%. No dia 31 de julho uma segunda proposta foi apresentada no valor 2,60 % de aumento salarial, ambas foram rejeitadas pela categoria. “A empresa ofereceu essas propostas, mas mantinha a retirada de vários benefícios que tínhamos garantidos por acordo coletivo”, afirmou.
O diretor da entidade sindical, Anderson Tognoni, disse que a manutenção das cláusulas sociais e um dos principais pontos de conflito nas negociações com a empresa. Com a proposta apresentada ontem pelo TST, o acordo será reeditado e remetido à apreciação da assembleia na próxima semana.
“Os trabalhadores decidiram seguir a orientação da Federação e do comando de negociação em Brasília e manter o estado de greve e fazer uma nova assembleia no dia 14 para decidir e avaliar a proposta de ontem (terça-feira) “, afirmou. “Não houve tempo de de uma avaliação jurídica nem contato com a empresa então decidiu-se pela prorrogação essa possível greve a partir do dia 14”, acrescentou o diretor.