O Brasil está nas semifinais do vôlei masculino das Olimpíadas de Tóquio. A seleção se classificou ao vencer o Japão por 3 sets a 0, com parciais de 25 a 20, 25 a 22 e 25 a 20, nesta terça-feira (3). O time da casa chegou a engrossar no segundo set, mas não conseguiu manter o nível.
A semifinal será a reedição do único jogo perdido pela seleção em Tóquio, contra a Rússia, na quinta-feira (5), à 1h00 (de Brasília). Na primeira fase, os russos venceram com facilidade, por 3 sets a 0. Estar terça foi um dia de conquistas para o Brasil: ouro na vela, bronze nos 400 metros com barreiras e Bia Ferreira já garantiu bronze no boxe.
Apesar do placar, a partida não foi de total domínio brasileiro nos três sets. Após um começo com alguns erros, o Brasil aproveitou a pouca efetividade dos adversários e não teve dificuldades no primeiro set. Crescendo muito na segunda parcial, o Japão mudou seu volume de jogo e deu um susto, ameaçando empatar.
Para fechar o jogo, o Brasil caminhou tranquilo em boa parte do terceiro set. Na reta final chegou a deixar o Japão responder, mas conseguiu segurar a vitória ainda com folga, confirmando o favoritismo.
“A gente já tinha na cabeça que eles iriam defender, ter um volume de fundo de quadra muito grande, e a gente teve a paciência no momento de dificuldade. A gente agrediu bastante no saque, dificultou a vida deles”, falou o oposto Wallace, após o jogo, à TV Globo.
O jogo
O Brasil começou com o ataque virando bolas, mas sem um bom aproveitamento. Os erros no início de jogo mantiveram o Japão pontuando e, quando os adversários se encaixaram ofensivamente, conseguiram encostar no placar e aumentar a competitividade da partida. Na reta final do set, no entanto, o time brasileiro cresceu tecnicamente, se impondo na quadra e caminhando sem sustos para fechar.
Ao contrário do que aconteceu no primeiro set, foi o Japão quem liderou o placar em grande parte da segunda parcial. Com bom volume de jogo e a dupla de ponteiros inspirada, os japoneses viraram bolas com facilidade. O Brasil demorou para entrar em sintonia e foi buscando o placar aos poucos, até conseguir minimizar os erros e se acertar ofensivamente.
Com o bloqueio e a defesa funcionando melhor, o Brasil reagiu e virou já perto da reta final, contando também com uma boa sequência de saques de Lucarelli, que forçou o Japão a fazer recepções difíceis e errar o contra-ataque. Nos pontos finais, os japoneses ensaiaram uma reação, mas o Brasil manteve a superioridade.
No set final, o Brasil foi melhor no início e abriu uma boa margem de pontos sem muitas dificuldades. O Japão demorou para engrenar, mas chegou a buscar o placar em determinado momento, com bons saques e viradas de bola. Apesar disso, a seleção brasileira respondeu da melhor forma, com ataque dominante, e fechou o jogo, mais uma vez com certa folga.