quinta-feira, 28 novembro 2024

Brasil conquista mais 3 medalhas de ouro nas Paralimpíadas

Talisson Glock e Gabriel Araújo venceram na natação e Alessandro da Silva é bicampeão no lançamento de disco  

Alessandro da Silva conquista ouro no lançamento de disco nas Paralimpíadas – Wander Roberto /CPB

O Brasil conquistou nesta quinta-feira (2) mais três medalhas de ouro nas Paralimpíadas de Tóquio. Talisson Glock e Gabriel Araújo venceram na natação, enquanto Alessandro da Silva foi bicampeão no lançamento de disco.

Glock abriu o penúltimo dia das finais da natação com mais uma medalha de ouro para o Brasil. Na primeira final, ele venceu a disputa masculina dos 400 metros livre da classe S6 (atletas com média funcionalidade) com o tempo de 4min54s42.

Talisson conquistou seu primeiro ouro em Tóquio após levar dois bronzes. O brasileiro subiu ao terceiro lugar do pódio nos 100m livre S6 e com a equipe do revezamento misto 4x50m livre do Brasil até 20 pontos.

Com a conquista, Talisson se tornou o quinto nadador brasileiro a faturar um ouro em Tóquio. Os outros foram Carol Santiago (três), Gabriel Bandeira, Gabriel Araújo e Wendell Belarmino. São 21 medalhas do país na modalidade, com sete ouros, cinco pratas e nove bronzes.

Na final desta quinta, Talisson, que havia sido o mais rápido das eliminatórias, assumiu a liderança logo no início da prova. Após 200m, o italiano Antonio Fantin passou o brasileiro e virou em primeiro, mas Talisson logo retomou a ponta.

O nadador do Brasil abriu um corpo de distância e bateu em primeiro, mais de um segundo à frente de Fantin, prata com 4min55s70. O russo Viacheslav Lenskii completou o pódio com o tempo de 5min04s84.

Em Tóquio, Talisson também ficou em sexto lugar nos 200 metros medley SM6 e em quarto no revezamento 4×100 m livre 34 pontos. O catarinense de Joinville, de 26 anos, foi prata no revezamento 4×50 metros livre 20 pontos e bronze nos 200m medley SM6 nos Jogos do Rio, em 2016.

Ele ainda nada mais uma prova em Tóquio e tentará ampliar sua coleção de medalhas. Talisson está inscrito para os 100m costas S6, com classificatória marcada para a noite desta quinta-feira no Brasil.

Mais resultados

Já Gabriel Araújo garantiu mais um ouro para o Brasil, dessa vez nos 50m costas S2 (pessoas com alto grau de deficiência física). É a terceira medalha dele na competição, que já havia conquistado outra de ouro e uma de prata.

Já na final feminina dos 400m livre S6, a brasileira Laila Abate terminou na sétima colocação, com o tempo de 5min38s72. A chinesa Yuyan Jiang levou o ouro com 5min04s57, novo recorde mundial, superando a marca anterior, de 5min12s87, em mais de oito segundos.

A próxima brasileira a competir foi Ana Karolina de Oliveira, que terminou em quinto (1min11s29) na final feminina dos 100m costas S14 (atletas com deficiência intelectual). A britânica Bethany Firth ficou com o ouro.

Mais tarde, José Ronaldo da Silva fechou em quarto, com 1min21s57, na final masculina dos 50m costas S1 (atletas com baixa funcionalidade). O ouro foi para o israelense Iyad Shalabi.

Alessandro da Silva é bicampeão paralímpico

Alessandro Rodrigo da Silva, o Gigante, confirmou o favoritismo e conquistou o bicampeonato paralímpico no lançamento de disco da classe F11 (deficientes visuais) nos Jogos de Tóquio. Com 43,16 metros, o brasileiro assegurou sua segunda medalha de ouro na prova – a primeira foi no Rio, em 2016 – e quebrou o próprio recorde paralímpico.

Alessandro também é o dono do recorde mundial, com 46,10 metros, além de ser bicampeão mundial da prova (2017 e 2019). A prata ficou com iraniano Mahdi Olad, com 40,60m e o bronze foi para o italiano Oney Tapia, com 39,52m.

Alessandro abriu sua prova com 42,09m, lançamento que o colocou na primeira colocação. Na sequência, o brasileiro fez 43,16m, garantiu a medalha de ouro e quebrou o recorde paralímpico.

Sem ser ameaçado, Alessandro fez 41,46m e 42,53m nos dois lançamentos seguintes. Depois, ele falhou na quinta tentativa e encerrou sua participação com 42,27m.

Em Tóquio, o paulista de Santo André, de 37 anos, já havia conquistado uma outra medalha, a de prata no arremesso de peso da classe F11, evento em que foi medalhista de bronze no Mundial de 2019.

Antes de Alessandro, o Brasil já tinha faturado outro ouro no lançamento de disco nesta edição das Paralimpíadas, com Claudiney Batista, na classe F56, para cadeirantes. Esta é a terceira medalha brasileira no atletismo na noite desta quarta-feira (no horário de Brasília). Marivana Oliveira conquistou a prata no arremesso de peso da classe F35, e Mateus Evangelista foi bronze no salto em distância na T37.

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