sábado, 23 novembro 2024

Hábitos da pandemia evitam doenças da primavera

O clima e alguns hábitos propiciam que, na primavera, doenças comuns voltem a circular com mais frequência. A vacinação e os cuidados com a higiene são essenciais para evitar contaminações. 

Segundo Érico Oliveira, clínico-geral do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, as doenças comuns na primavera dependem das características da estação em cada território. Assim, em locais com a estação mais “marcada”, a primavera é um período de dias mais ensolarados. As pessoas costumam sair de casa com mais frequência e, além disso, haverá volta às aulas presenciais. 

Oliveira diz que este cenário favorece o surgimento de doenças associadas ao contato. “Nas crianças, há doenças infecciosas como rubéola, roséola e catapora”, explica. 

“Essas doenças virais são mais frequentes na faixa etária pediátrica”, acrescenta Hamilton Robledo, pediatra da rede de hospitais São Camilo, de São Paulo, citando, ainda, a incidência de caxumba e da bactéria escarlatina, transmitidas pelas secreções respiratórias. 

Com exceção da escarlatina e da roséola, o médico diz que o principal meio para prevenir doenças infectocontagiosas é manter a vacinação em dia. 

Mas, por ser um período em que o clima está esquentando, a preocupação com a Covid-19 continua. 

Os cuidados voltados para o coronavírus se aplicam a todos os outros vírus com transmissão respiratória, que ocorre por gotículas de saliva, por exemplo. Assim, o uso de máscaras e o distanciamento social podem ajudar a reduzir as infecções. 

Para o pediatra, outros cuidados que foram intensificados com a pandemia também devem permanecer, como trocar de roupa ao chegar em casa e não entrar com sapatos. “No consultório, ouço os pacientes falarem que se habituaram a isso e que não vão parar”. 

(Arte | Folhapress)

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