domingo, 5 maio 2024
INVERNO MAIS RIGOROSO

Aumenta a probabilidade de retorno do fenômeno La Niña no segundo semestre deste ano

Agência NOAA emite "La Niña Watch" indicando possibilidade de transição para La Niña após o período de El Niño
Por
Redação
IMAGENS: METSUL METEOROLOGIA

Segundo a Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos (NOAA), cresce a probabilidade de ocorrer um evento do fenômeno La Niña mais tarde neste ano, especialmente entre o inverno e a primavera. De acordo com a agência de tempo e clima do governo americano, a probabilidade de instalação do fenômeno é considerada muito alta no segundo semestre. O La Niña aumenta a possibilidade de estiagem e frio no Sul, enquanto provoca aumento de chuvas no Norte e Nordeste.

A NOAA emitiu um “La Niña Watch”, um aviso indicando a possibilidade de retorno do fenômeno, apesar das condições atuais ainda serem de El Niño. O pico do El Niño foi alcançado no último trimestre de 2023 e no início de 2024.

Curiosamente, a NOAA emite simultaneamente um aviso de El Niño, indicando que o fenômeno está presente e deve continuar atuando, e um aviso de La Niña, indicando condições favoráveis para o desenvolvimento desse fenômeno nos próximos seis meses.

De acordo com as estimativas da NOAA, há uma probabilidade de 79% de que o El Niño chegue ao fim e o Pacífico Equatorial evolua para uma condição de neutralidade no trimestre de abril a junho. Além disso, há uma probabilidade de 55% de que o Pacífico avance da neutralidade para La Niña no trimestre de inverno, de junho a agosto.

Essas projeções indicam uma repetição do que foi observado no ano anterior, porém com sinal contrário. Em 2023, houve uma transição rápida de La Niña para El Niño. Já para 2024, a NOAA projeta uma transição novamente rápida, desta vez de El Niño para La Niña.

Segundo as projeções, na segunda metade do inverno, no trimestre de julho a setembro, a probabilidade de La Niña no Oceano Pacífico chega a cerca de 70%. No trimestre de agosto a outubro, que marca o fim do inverno e o início da primavera, a probabilidade supera os 70%. Já no trimestre de primavera, de setembro a novembro, a probabilidade estimada está próxima dos 80%.

A atualização mensal da NOAA revela um acentuado aumento na probabilidade de ocorrência de La Niña. No mês passado, a agência indicava uma probabilidade de 64% para o trimestre de agosto a outubro, período que é atentamente monitorado por coincidir com o pico da temporada de furacões no Atlântico Norte. Porém, na atualização de fevereiro, a probabilidade subiu para 74%.

Considerando os registros desde 1950, mais da metade dos eventos de El Niño foram seguidos posteriormente por uma transição para La Niña. Portanto, não seria incomum ver o Oceano Pacífico Equatorial se comportando dessa forma em 2024, com um início de ano com El Niño e um final de ano com La Niña.

Analisando apenas os eventos de El Niño forte, como o ocorrido em 2023-2024, cinco dos oito eventos desde 1950 foram seguidos por um episódio frio, ou seja, a maioria. Nessas situações, a transição ocorreu rapidamente. Dois eventos de El Niño forte (1973 e 1998) tiveram apenas um período de três meses de condições neutras antes de mudar para a fase fria. Outros dois anos (1983 e 2010) tiveram dois trimestres neutros durante a transição. No Super El Niño de 2015-2016, a neutralidade na transição ocorreu durante três períodos de três meses.

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