O prefeito Bruno Covas (PSDB) defendeu nesta quinta-feira (19) que não há motivos para retroceder na flexibilização da quarentena em São Paulo e disse que a pandemia de Covid-19 está estabilizada na cidade.
A gestão municipal afirma que o aumento de internações registrado nas últimas semanas está dentro dos padrões de oscilação da doença. Para Covas, o momento não é de restringir as regras nem de ampliar as liberações.
“Não há nenhum número que indique necessidade de lockdown ou de retroceder na flexibilização que já foi feita. Também não é o momento de ampliar [as autorizações]. Temos um mesmo protocolo a ser respeitado, com a colaboração de todos”, disse o prefeito e candidato a reeleição.
Segundo ele, o aumento de internações já tinha sido alertado pela prefeitura há cerca de 35 dias, quando foi divulgado o resultado do último inquérito sorológico na cidade que constatou aumento de casos em pessoas das classes A e B, “o que se reflete agora em maior ocupação de leitos de UTI na rede privada”, afirmou.
A Secretaria Municipal de Saúde informou que, na manhã desta quinta-feira, 76% dos leitos de UTI na rede privada estavam ocupados.
Edson Aparecido, secretário de Saúde, também defendeu que a cidade não está vivendo uma segunda onda da pandemia. Para ele, a oscilação registrada está dentro do padrão.
“Ainda estamos no primeiro processo com oscilações constantes, não dá pra dizer que estamos em uma segunda onda. Seguramente, não estamos, já que o que houve em muitos locais do país foi uma estabilização em taxas muito altas”, disse.
Apesar de defender que não há necessidade de mudanças no enfrentamento da doença, a prefeitura anunciou a abertura de 200 leitos de enfermaria em três hospitais da cidade -Brasilândia, Parelheiros e Bela Vista Irmã Dulce- para o atendimento de casos leves de coronavírus.
Depois de algumas escolas da capital terem suspendido as aulas presenciais após alta de casos, a prefeitura também manteve as regras de abertura para as instituições de ensino, com a liberação de aulas regulares para o ensino médio e atividades extracurriculares para educação infantil e ensino fundamental.
“Não há necessidade de mudar essa autorização. O que pedimos aos estudantes, sobretudo aos que estão no ensino médio, é que continuem se resguardando, se cuidando para que a gente possa manter as escolas abertas”, disse o secretário de Educação, Bruno Caetano.