sexta-feira, 19 abril 2024

Consumo frequente de álcool cresce no Brasil, aponta IBGE

Cresceu a proporção de brasileiros com 18 anos ou mais que costumavam ingerir bebida alcoólica uma vez ou mais por semana. A alta foi puxada pelas mulheres, que tiveram aumento considerável no consumo frequente de álcool.

De acordo com a “Pesquisa Nacional de Saúde 2019”, divulgada nesta quarta-feira (18) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o percentual da população feminina que consumia bebidas alcoólicas cresceu 4,1 pontos percentuais frente a 2013 (indo de 12,9% a 17%), enquanto o percentual dos homens caiu (de 37,1% para 36,3%), queda considerada estável.

A alta entre as mulheres puxou também a média nacional, que subiu de 23,9% em 2013 para 26,4% no ano passado, no que diz respeito ao consumo de álcool uma vez ou mais por semana. Já a ingestão uma vez ou mais por mês, no Brasil, ficou em 30%, variando de 20,5% na região Norte a 35,6% no Sul.

A região Norte, por sua vez, apresentou o maior percentual (23,4%) de brasileiros que dirigem depois de beber. No Sul, essa proporção foi menor (14,8%). Este percentual, para o Brasil, foi de 17%, o equivalente a 7,2 milhões de pessoas.

Esse indicador é bem maior entre os homens (20,5%) do que entre as mulheres (7,8%). Na análise por idade, os condutores de 25 a 39 anos apresentam maior proporção de combinação entre bebida e direção (21,2%), enquanto idosos de 60 anos ou mais ficam bastante abaixo (11%).

AO VOLANTE

A pesquisa estimou a proporção de indivíduos que conduziram veículo motorizado, carro ou motocicleta, após o consumo de bebida alcoólica, independentemente da quantidade ingerida.

O consumo de álcool ainda é mais frequente entre aqueles com nível superior completo, ficando em 36%, enquanto entre os adultos sem instrução e com o fundamental incompleto esse percentual fica em 19%.

De acordo com o IBGE, os resultados indicam uma prevalência de consumo abusivo de álcool nos últimos 30 dias anteriores à entrevista, de 17,1%, sendo 26% para os homens e 9,2% para as mulheres. A proporção foi maior entre as pessoas de 25 a 39 anos de idade (23,7%) e de 18 a 24 anos de idade (22,9%).

Em contrapartida, segundo a pesquisa, o tabagismo está em declínio no Brasil. Em 2019, entre a população com 18 anos ou mais de idade, a prevalência de usuários de produtos derivados de tabaco, fumado ou não fumado, de uso diário ou ocasional, foi de 12,8%, contra 14,9% em 2013.

Ainda cresceu a média de brasileiros que praticavam o nível recomendado de atividade física no lazer, subindo de 22,7% em 2013 para 30,1% em 2019. Essa proporção é maior entre os homens (34,2%) do que em comparação às mulheres (26,4%).

No entanto, 40,3% dos adultos foram classificados como insuficientemente ativos – ou seja, pessoas que não praticaram atividade física ou praticaram por menos do que 150 minutos por semana.

40,3% dos adultos são considerados sedentários no País

A “Pesquisa Nacional de Saúde 2019”, divulgada ontem (18) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostra que, na população de 18 anos ou mais de idade, 40,3% foram classificados como insuficientemente ativos, ou seja, não praticaram atividade física ou praticaram por menos do que 150 minutos por semana considerando lazer, trabalho e deslocamento para o trabalho.

No Brasil, 47,5% das mulheres eram pouco ativas em 2019.

Já os homens apresentaram uma taxa de 32,1%. Mais da metade (59,7%) das pessoas de 60 anos ou mais de idade era insuficientemente ativa, e o grupo de idade menos sedentário foi o de 18 a 24 anos de idade (32,8%), seguido do grupo de 25 a 39 anos (32,9%).

Na pesquisa 2019, 34,2% dos homens com 18 anos ou mais praticaram o nível recomendado de atividade física no lazer, enquanto para as mulheres este percentual foi de 26,4%. No mesmo período, a média brasileira foi de 30,1%. Em 2013, esta média foi de 22,7%, enquanto os percentuais de homens e mulheres foram de 27,3% e 18,6%, respectivamente.

São considerados indivíduos fisicamente ativos no lazer aqueles que realizam qualquer prática de atividade física fora do âmbito da escola ou trabalho, por exemplo, por mais de 150 minutos para as consideradas moderadas ou 75 minutos para as classificadas como vigorosas na semana.

São exemplos de atividades físicas moderadas: caminhada, musculação, hidroginástica. Já corrida, basquete, futebol, ginástica aeróbica e tênis são tidos como atividades vigorosas.

No âmbito doméstico, estimou-se que 15,8% dos adultos praticavam atividade física por no mínimo 150 minutos semanais, tais como faxina pesada ou atividades que requerem esforço físico intenso. Este indicador mostrou-se fortemente concentrado no público feminino, no qual 21,8% praticavam 150 minutos de atividade física nas tarefas domésticas, enquanto no público masculino foi de 9,1%.

A Pesquisa Nacional de Saúde foi feita em 108 mil domicílios em parceria com o Ministério da Saúde. | AGÊNCIA BRASIL

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