O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou nesta quarta (9) a publicação do edital de licitação para a obra final do Rodoanel Mario Covas. A conclusão de 44 quilômetros do trecho norte deve ser entregue em fevereiro de 2022.
As obras, iniciadas em 2013, tinham previsão de entrega para 2016.
O novo trecho terá acessos previstos à rodovia Fernão Dias e ao aeroporto de Guarulhos. Esse segmento da via já consumiu R$ 7,3 bilhões e a previsão atual é de que custe R$ 1,6 bilhão para ser concluído.
“Depois de vários anos parada, a construção do último eixo pendente dessa gigantesca obra será retomada. O Rodoanel é uma das 175 obras que encontramos paralisadas quando assumi o governo de São Paulo”, disse Doria.
A construção do trecho está paralisada desde 2018, quando a Operação Pedra no Caminho, da Lava Jato de São Paulo, levou à denúncia de 14 pessoas por suposta fraude que teria encarecido o preço da obra do Rodoanel Norte em R$ 480 milhões.
Os 44 quilômetros de extensão do eixo passam pelas cidades de São Paulo, Arujá e Guarulhos. Segundo o secretário de Logística e Transportes, João Octaviano, a conclusão da obra vai ajudar no escoamento da produção ao Porto de Santos e reduzir o fluxo de veículos na marginal Tietê, na capital.
Quando pronto, todo o Rodoanel terá 176,5 km. A via projetada em 1998 circunda a cidade de São Paulo e desafoga o trânsito de caminhões em área urbana.
A gestão Doria também pretende fazer uma pesada ação de comunicação sobre o Rodoanel Norte. A medidas tem como objetivo fazer a atual gestão se afastar das acusações que envolvem os governos dos também tucanos José Serra e Geraldo Alckmin.
Desde que assumiu, Doria desmontou a estatal de rodovias Dersa, ligadas a nomes envolvidos em escândalos como o ex-diretor Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto. Depois, encomendou um laudo que expôs anomalias no trecho norte do Rodoanel, o único que ainda inacabado.