quarta-feira, 25 junho 2025

Etapa é histórica para o surfe feminino

É a primeira vez em 16 anos que elas têm a oportunidade de competir na onda de Teahupo’o, uma das mais pesadas e desafiadoras do planeta 

A quarta-feira (17) foi excelente para a brasileira Tatiana Weston-Webb nas ondas de Teahupo’o (Taiti), última etapa do Circuito Mundial de Surfe antes da grande decisão do título de 2022: o WSL Finals, na Califórnia (Estados Unidos), em setembro. Tati não só avançou às quartas de final da disputa feminina, como assegurou antecipadamente uma vaga no WSL Finals, que reunirá apenas as cinco primeiras colocadas no ranking. 

Além de definir os classificados para a grande decisão do surfe mundial, a etapa do Taiti desta temporada – que começou nesta terça-feira (16) – tem um gostinho especial para as mulheres. É a primeira vez em 16 anos que elas têm a oportunidade de competir na onda de Teahupo’o, uma das mais pesadas e desafiadoras do planeta. 

O evento fez parte do circuito feminino entre 1999 e 2006, mas saiu do calendário a partir de 2007 por questões de segurança.

A onda de Teahupo’o – que quer dizer “praia dos crânios quebrados” na tradução do taitiano -possui uma bancada rasa e afiada e, quando desperta, pode castigar feio até mesmo os surfistas mais experientes por lá.

Em 2001, por exemplo, Briece Taerea, um surfista local, foi engolido por uma bomba de quase 5 metros e morreu após quebrar o pescoço e as costas. Um ano antes, o brasileiro Neco Padaratz, que fazia parte da elite mundial, quase morreu afogado depois de ficar preso em um coral.

A evolução do surfe feminino e dos protocolos de segurança fazem com que o retorno das meninas ao Taiti se torne viável. Mais que isso: faz parte de um dos pilares da atual administração da Liga Mundial de Surfe (WSL) para igualar os direitos dos homens e das mulheres. 

A primeira medida foi equiparar as premiações para as categorias, o que já acontece desde 2019. 

Em seguida, foi a vez de igualar os calendários dos circuitos masculino e feminino, colocando (ou recolocando) as meninas nas duas das melhores e mais pesadas ondas do mundo: Pipeline, no Havaí, e Teahupo’o

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