sexta-feira, 26 abril 2024

França condena acusados de ataques terroristas de 2015

Apenas um dos acusados de executar os ataques, no entanto, está vivo 

Policiais patrulham casa de shows Bataclan após atentado terrorista em novembro de 2015 (Foto: Reprodução / Christian Hartmann)

A Justiça da França considerou culpados nesta quarta-feira (29) todos os 20 acusados pelo assassinato de 130 pessoas nos atentados terroristas de 2015 em Paris e arredores, os mais graves ataques na capital francesa desde a Segunda Guerra Mundial. Os atentados ocorreram em 13 de novembro de 2015 na casa de shows Bataclan, em seis bares e restaurantes e nas cercanias do estádio Stade de France e deixaram 130 mortos.

Apenas um dos acusados de executar os ataques, no entanto, está vivo. É Salah Abdeslam, 32, que foi considerado culpado por acusações de terrorismo e assassinato e condenado à prisão perpétua sem possibilidade de progressão de pena, uma sentença que foi aplicada apenas quatro vezes na França.

Nascido na Bélgica, ele chegou a se orgulhar no começo do julgamento de ser um soldado do Estado Islâmico, que assumiu a autoria dos ataques. O acusado, no entanto, não assumiu a culpa e disse que no último minuto escolheu não detonar o colete explosivo que carregava. Mas investigações do tribunal apontaram que, na verdade, o colete não explodiu porque estava com defeito, diz a acusação.

JULGAMENTO

Após quase dez meses de julgamento, na segunda-feira (27), último dia de audiências, Abdeslam voltou a se defender. “Não sou um assassino, vocês cometerão uma injustiça”, afirmou ele, antes de pedir desculpas aos sobreviventes e parentes das vítimas, que lotaram o Palácio de Justiça de Paris para a leitura do veredito. Ele foi preso na Bélgica em 18 de março de 2016, dias antes de novos atentados, desta vez contra o metrô de Bruxelas, deixarem 32 mortos.

Outros 13 acusados, dez dos quais estão presos, foram ouvidos ao longo do julgamento. Parte deles assumiu a responsabilidade pelas mortes e pediu desculpas. O tribunal os considerou culpados por uma série de crimes, entre eles planejar os atentados ou auxiliar os executores com armas e carros. Além deles, seis pessoas que supostamente já morreram foram condenadas à revelia. “Podemos estar orgulhosos”, disse Arthur Denouveaux, um sobrevivente do Bataclan. 

Receba as notícias do Todo Dia no seu e-mail
Captcha obrigatório

Veja Também

Veja Também