sábado, 4 maio 2024
CONTRIBUIÇÃO

Governo divulgou a nova tabela de desconto do INSS

Os pagamentos são a partir de fevereiro e o pagamento é até o dia 20 de cada mês
Por
Vitória Silva
Foto: Divulgação

O Governo divulgou no Diário Oficial da União a nova tabela de contribuição dos trabalhadores de carteira assinada, patrões de empregados domésticos, servidores públicos e contribuintes avulsos do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). A partir do pagamento de fevereiro, os novos valores serão descontados. As alíquotas são progressivas e acontecem de acordo com a faixa salarial do trabalhador. A mudança é aplicada desde a reforma da Previdência, que é válida desde novembro de 2019.

Em 2024, os trabalhadores com carteira assinada terão que contribuir de, no mínimo, R$ 105,90 por mês. A tabela de contribuições de assalariados é reajustada pela inflação do ano anterior, e também considera o valor do salário mínimo atual, de R$ 1.412. Os valores das contribuições de autônomos e facultativos também respeitam os limites do salário mínimo e do teto do INSS (R$ 7.786,02) em 2024.

As alíquotas, que diversificam de 7,5% a 14%, incidem sobre cada faixa de remuneração, como se fossem partes do salário, e não sobre o valor cheio.

Um segurado com salário de R$ 3.600 irá pagar, por exemplo:
7,5% sobre R$ 1.412 = R$ 105,90
Mais 9% sobre R$ 1.254,68 (valor que sobrou do seu salário após passar a primeira faixa) = R$ 112,92
Mais 12% sobre R$ 1.333,34 = R$ 160
Total = R$ 378,82

Os novos valores de contribuição ao INSS valem para trabalhadores com carteira assinada, domésticos e trabalhadores avulsos. No caso do trabalhador assalariado, o recolhimento é realizado diretamente pela empresa.

VEJA A NOVA TABELA DE CONTRIBUIÇÕES AO INSS VÁLIDA NOS SALÁRIOS

SERVIDORES PÚBLICOS TÊM DESCONTO DE ATÉ 22%

A Portaria interministerial também trouxe a nova tabela de contribuição previdenciária para servidores públicos cujos órgãos respondem ao RPPS (Regime Próprio de Previdência Social).

Os trabalhadores concursados vinculados a entes públicos como estados, Distrito Federal, municípios e União contribuem ao RPPS (Regime Próprio de Previdência Social) para ter o direito de seus benefícios previdenciários, como por exemplo, a aposentadoria e pensão por morte.

Os valores são atualizados por ano, de acordo com o reajuste salarial. O cálculo tem como base as alíquotas progressivas, que vão de 7,5% a 22%. Os novos descontos irão acontecer a partir do pagamento de fevereiro.

TRABALHADOR AUTÔNOMO

O pagamento de contribuição ao INSS dos contribuintes individuais, facultativos e donas de casa de baixa renda sobre um salário mínimo segue o novo piso nacional, de R$ 1.412.

Os autônomos que prestam serviços a pessoas físicas (e não a pessoas jurídicas) podem contribuir com 11% sobre o salário mínimo. Porém, neste caso, o segurado terá direito somente à aposentadoria por idade e no valor do salário mínimo.

Outro tipo de recolhimento de contribuição de autônomos é com a alíquota de 20% em cima de um valor que deve ser entre o salário mínimo e o teto do INSS.

Para donas de casa de baixa renda, o valor da contribuição será de R$ 70,60 em 2024, igual a 5% do piso nacional. Neste caso, a contribuição dá acesso também apenas à aposentadoria por idade. Há, no entanto, outros benefícios garantidos a essa categoria, assim como no plano simplificado do INSS.

O pagamento deve ser realizado mensalmente pela GPS (Guia de Previdência Social), o carnê laranja, que pode ser preenchido pela internet ou manualmente. Os profissionais que têm registro MEI (Microempreendedor Individual) pagam valores diferentes, de acordo com a atividade exercida. A contribuição maior deve ser feita no dia 20 de fevereiro.

A base do MEI é 5% sobre o mínimo, o que dá R$ 70,60 em 2024, mas há o adicional conforme a atividade. Quem trabalha com comércio, indústria e serviço de transporte precisa acrescentar R$1 do ICMS —resultando em R$71,60. Serviços em geral contribuem com mais R$ 5 do ISS, o que dá R$ 75,60. Por fim, os que contribuem nos dois setores são impactados com a incidência dos dois impostos, o que dá um acréscimo de R$6 —R$ 76,60.

O MEI caminhoneiro, que faz o transporte autônomo de cargas, deve contribuir, no mínimo, com 12% do salário mínimo —o que corresponde a R$ 169,44 em 2024. As cobranças de ISS e ICMS dependem de especificações da carga e da abrangência do território em que viaja.

A guia de pagamento é chamada de DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional) e tem vencimento até o dia 20 de cada mês. E quando a data cai em final de semana ou feriado, o pagamento pode ser realizado até o próximo dia útil sem multas.

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