sábado, 27 julho 2024

Grito dos Excluídos critica Bolsonaro e pede proteção a trabalhadores

Manifestação em Brasília protestou contra corte de direitos trabalhistas  

Manifestantes pedem por melhores condições de vida, emprego e renda — Reprodução/TV Globo

Líderes sindicais, estudantis e de movimentos sociais reunidos na manhã deste 7 de Setembro no Grito dos Excluídos, em Brasília, criticaram o governo de Jair Bolsonaro, o corte de direitos trabalhistas e a destruição do meio ambiente. Com gritos “Bolsonaro golpista”, o grupo pediu também proteção aos povos indígenas no país.

O protesto contra Bolsonaro no Distrito Federal começou por volta das 9h e, segundo a organização, reuniu cerca de 3.000 pessoas na área da Torre de TV, no Eixo Monumental, na região central do Plano Piloto — não há estimativa do número de participantes feita pela polícia.

A manifestação foi encerrada duas horas depois após os organizadores receberem informações de que bolsonaristas estavam retornando da Esplanada pelo Eixo Monumental, onde estavam os participantes de uma marcha.

A maioria dos manifestantes se dispersou logo, mas um grupo permaneceu e chegou a ser hostilizado por apoiadores de Bolsonaro que gritavam: “vai trabalhar”, “vai comer pão com mortadela”, “paguei para estar aqui” e “fora Lula, ladrão”. Os manifestantes do Grito rebatiam gritando que eles não sentiam o preço do gás a R$ 100,00 e o da gasolina a R$ 7,00. Não houve confronto.

O ato em favor do presidente aconteceu na Esplanada dos Ministérios a três quilômetros da Marcha dos Excluídos. Com manifestações golpistas, pedindo o fechamento do STF (Supremo Tribunal Federal) e contra o Congresso, o protesto bolsonarista reuniu milhares de apoiadores, em número visivelmente maior que o grupo contra o presidente.

Bolsonaro participou da manifestação com discurso também abertamente golpista, em que ameaça o presidente do STF, Luiz Fux: “Ou o chefe desse Poder enquadra os seus ou esse Poder pode sofrer aquilo que não queremos. Porque nós valorizamos e reconhecemos o Poder de cada República. Nós todos aqui na Praça dos Três Poderes juramos respeitar a nossa Constituição. Quem age fora dela se enquadra ou pede para sair”.

Promovido por movimentos sociais e sindicais. o Grito dos Excluídos acontece anualmente desde 1995 no país.

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