A alta representa uma aceleração frente a maio, quando o indicador havia avançado 0,59%
A alta representa uma aceleração frente a maio, quando o indicador havia avançado 0,59%. O novo resultado veio ligeiramente acima das estimativas do mercado financeiro. Analistas consultados pela agência Bloomberg projetavam variação de 0,68%.
Com a entrada dos dados de junho, o IPCA-15 passou a acumular alta de 12,04% em 12 meses. Nesse recorte, a elevação até maio havia sido mais intensa, de 12,20%.
Apesar de registrar desaceleração no acumulado, o indicador prévio de inflação completou o décimo mês acima dos 10%. Ou seja, o IPCA-15 está em dois dígitos desde setembro do ano passado.
Na visão de analistas, os dados de junho reforçam os sinais de que a inflação deixou para trás o pico em 12 meses. Isso, porém, não afasta a preocupação com o cenário dos preços no Brasil.
“Em termos qualitativos gerais, a leitura continuou bastante desfavorável, embora algumas medidas de núcleo que pesam mais sobre bens industriais tenham tido um alívio muito pequeno”, aponta o economista Daniel Karp, do banco Santander.
O índice oficial de inflação no Brasil é o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), também divulgado pelo IBGE.
Como a variação do IPCA é calculada ao longo do mês de referência, o dado de junho ainda não está fechado. Será conhecido no dia 8 de julho.
O IPCA-15, pelo fato de ser divulgado antes, sinaliza uma tendência para os preços. O indicador prévio costuma ser calculado entre a segunda metade do mês anterior e a primeira do mês de referência da divulgação.