Com a alta da taxa básica de juros (Selic), que está em 6,25% ao ano e deve encerrar 2021 acima de 8%
Os juros cobrados pelos bancos em empréstimos subiram pelo terceiro mês consecutivo e alcançaram 21,1% em agosto, com elevação de 0,7 ponto percentual em relação a julho. Este é o maior percentual desde abril de 2020.
Os dados foram divulgados pelo BC (Banco Central) nesta segunda-feira (27). Com a alta da taxa básica de juros (Selic), que está em 6,25% ao ano e deve encerrar 2021 acima de 8%, a tendência é que o valor cobrado em novos financiamentos permaneça em crescimento.
Para empresas, os juros chegaram a 14,4% em agosto, alta de 0,8 ponto percentual em relação a julho e maior percentual desde janeiro de 2020.
No período, houve alta em modalidades importantes para os empreendimentos, como capital de giro (que responde pela maior parte do volume concedido para as companhias), com alta de 0,6 ponto percentual, antecipação de recebíveis, com 0,7 ponto, e desconto de duplicatas, 0,3 ponto. Na linha de capital de giro de curto prazo, com prazo abaixo de 365 dias, o aumento nos juros foi de 2 pontos percentuais em relação a julho.
Para as famílias, os juros chegaram a 25,3%, 0,6% maior que no mês anterior.
Em 12 meses, os juros para empresas subiram 3,7 pontos percentuais e para famílias, 1,3. Em contrapartida, o spread -diferença entre a taxa de captação dos bancos e o que eles cobram em empréstimos- caiu 0,1 ponto percentual.