sábado, 27 abril 2024

Justiça autoriza operação contra campanha de Doria em mais 14 cidades

A Justiça autorizou busca e apreensão em mais 14 endereços no interior de São Paulo, além da capital, para apreensão de material irregular de campanha de João Doria (PSDB).

Em novo despacho, o juiz Afonso Celso da Silva determinou operação em escritórios do PSDB Jacareí, São José dos Campos, Mauá, São Manuel, Pindamonhangaba, Presidente Prudente, Franca, Peruíbe, Sorocaba, Suzano, Olímpia, Perderneiras, São José do Rio Preto e Praia Grande.

Como mostrou o Painel da Folha de S.Paulo, o material alvo da operação faz propaganda do chamado voto Bolsodoria, para Jair Bolsonaro (PSL) presidente e Doria governador de São Paulo.

De acordo com a denúncia, feita por Márcio França (PSB), o material gráfico foi produzido sem o nome dos candidatos a vice nas chapas estadual e presidencial, o CNPJ da gráfica responsável pela confecção, a dimensão das peças e a tiragem.

Ontem de manhã, a Polícia Federal já havia feito uma ação no escritório da campanha no Edifício Joelma, no centro da capital paulista.

No despacho, obtido pela reportagem, o juiz Afonso Celso da Silva diz que “há elementos que ensejam seu deferimento, tendo em vista o relato e as fotografias anexadas, que evidenciam aparentemente existir o material irregular e que ele foi, ao menos em cognição sumária, confeccionado e vem sendo distribuído sem a observância da legislação eleitoral”.

O juiz afirma que “há, inclusive notícia da realização de eventos por toda a cidade visando à distribuição de material supostamente irregular”. Ele nega, contudo, diligências em outros endereços, além do escritório localizado no Edifício Joelma, no centro da capital paulista.

FRANÇA
Doria disse ontem que o material de campanha sem CNPJ apreendido em seu comitê pode ter sido produzido pela equipe de Márcio França (PSB), seu adversário na disputa ao governo.

“Pode ter vindo até do outro lado isso. Não sei. Não estou acusando”, disse Doria após o debate da TV Record.
“Foram pacotes entregues lá (no comitê). Não estou acusando, estou dizendo que é uma possibilidade. Não temos necessidade nenhuma de fazer 2.000 adesivos em condição irregular a essa altura do campeonato.”

Doria disse que não sabia que existiam adesivos irregulares em seu comitê, mas que, apesar de a quantidade ser pequena, “não deveria ser feito”.

Ele disse que orientou seu pessoal a não receber esse tipo de material.

França rebateu as insinuações. “Sabe aquela pessoa que faz uma coisa errada e fica apontando para o outro? Eles estão produzindo esse material como estão fazendo com tantas fake news”, afirmou.

A assessoria da campanha do tucano afirmou que a coligação havia identificado uma pequena parcela de material produzido sem CNPJ e que a distribuição desse lote foi suspensa.

Receba as notícias do Todo Dia no seu e-mail
Captcha obrigatório

Veja Também

Veja Também