sábado, 20 abril 2024

Médico brasileiro é detido no Egito após postar vídeos com ofensa sexual a vendedora

 O vídeo do ocorrido foi publicado em seu perfil pessoal no Instagram, com quase 1 milhão de seguidores

Victor Sorrentino (Foto: Reprodução/ Instagram)

OO médico brasileiro Victor Sorrentino foi detido neste domingo (30) por autoridades da cidade de Luxor, sul do Egito, após publicar um vídeo em que aparece perguntando a uma vendedora muçulmana se “gostam é do bem duro”.

A informação da detenção de Sorrentino foi divulgada pelo Ministério do Interior egípcio e publicada pela CNN local.

Em comunicado, o Ministério do Interior disse que “os serviços de segurança conseguiram identificar a vítima e foram capazes de deter o turista brasileiro”. Segundo o texto, publicado no Twitter, as autoridades tomaram medidas judiciais contra o médico.

Em nota, a família de Sorrentino afirmou que “são irreais e inverídicas as manchetes de prisão do Dr. Victor Sorrentino. O médico está prestando esclarecimento às autoridades para desfazer, assim como já havia feito, inclusive, com a própria egípcia, os vieses maldosos implementados aos seus atos por parte da imprensa, na última semana. Assim, quando terminados os trâmites no país, o Dr. Victor retornará e explicitará todo o ocorrido”.

No vídeo publicado em seu perfil no Instagram, com quase 1 milhão de seguidores, Sorretino faz comentários em português a uma vendedora, ao comprar papiro, folha de madeira usada para escrita no Egito Antigo.

“Vocês gostam é do bem duro”, disse o médico. “Comprido também fica legal, né?”, continuou. “O papiro comprido.”
“Si”, respondeu a mulher, em espanhol. “Tá! Maravilha”, responde o brasileiro.

Após a publicação, as imagens circularam pelo país e as autoridades receberam denúncias da população.

Depois das críticas, o médico tornou privado seu perfil na rede social e postou outro vídeo, dessa vez se desculpando. “Eu sou assim. Sou um cara muito brincalhão”, justificou.

O Egito criminalizou assédio sexual em 2014. A lei prevê multas ou pena de seis meses a três anos de prisão.

No ano passado, o parlamento egípcio aprovou uma lei para manter a identidade das vítimas de agressão e assédio sexual em sigilo. O objetivo é proteger a reputação e incentivá-las a registrarem os casos. 

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