domingo, 5 maio 2024

Ministério afirma que estão esgotadas as vacinas pediátricas contra a covid-19

Governo negocia possível antecipação de lotes com a fabricante 

Foto: A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, em entrevista a jornalistas no Ministério da Saúde…

A secretária de vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, disse em entrevista nesta sexta-feira (6), que o estoque do governo federal de vacina contra Covid-19 para crianças de até 11 anos está esgotado.

Maciel afirma também que o governo negocia com a Pfizer, a única que produz o imunizante para a faixa etária, a antecipação das entregas para o fim de janeiro.
A expectativa é de antecipar remessas de 3,2 milhões de doses para o público entre seis meses e quatro anos, e outras 4,5 milhões de doses para o público entre quatro e 11 anos.
A Coronavac, produzida pelo instituto Butantã. Pode ser aplicada em crianças a partir dos três anos de idade, contudo, o contrato foi paralisado durante o governo Bolsonaro e deve ser retomado em breve.
Vacinação de adultos
Contrário ao caso de crianças, o Ministério possui estoque excessivo de vacinas contra Covid-19 para os adultos. Apesar do número de doses expressivas, há situações como a do Rio de Janeiro, que na quinta-feira (5) anunciou a interrupção da vacinação por falta de imunizantes disponíveis na cidade. Para o ministério, há gargalos deixados pela administração anterior na comunicação e na distribuição de vacinas.
“Precisamos reestabelecer esses fluxos que ficaram muito confusos”, disse Ethel. “A missão do ministério é restituir esse diálogo com as unidades de federação”, acrescentou.
Uma reunião da Câmara técnica de Assessoramento à Imunização está marcada para o próximo dia 10 e a meta é discutir uma antecipação de nova campanha de vacinação contra a doença, principalmente, após o caso de nova variante descoberta em São Paulo, a XBB.15

A secretária afirmou, também, ser possível que alguns estados recomendem uma quarta dose para o público abaixo de 30 anos sem comorbidades, o que será discutido na câmara técnica. A prioridade, contudo, deve ser completar o esquema vacinal de todos os adultos com ao menos uma dose de reforço. Ela explicou também, que o ideal é o quadro vacinal de no mínimo três doses e que o número de pessoas com essa cobertura vacinal não chega a 50% do público-alvo, faltando aplicar a terceira dose em ao menos 100 milhões de pessoas. 

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