sexta-feira, 3 maio 2024
SAÚDE INFANTIL

O desafio de famílias com crianças e adolescentes quanto ao acesso precoce a celulares

Pesquisa realizada pelo Panorama Mobile Time mostra dados enquanto ao acesso a smartphones e a média de tempo de uso
Por
Ana Flávia Defavari
Foto: Ilustrativa | Freepik

Um estudo realizado e publicado pela Panorama Mobile Time/Opinion Box sobre crianças e adolescentes com smartphones entrevistou 1.983 brasileiros que são pais de crianças entre 0 a 16 anos e mostra que atualmente o acesso a smartphones começa logo na primeira infância em uma exposição precoce que pode acarretar em um desenvolvimento de problemas nas crianças.

Os dados mostram que crianças entre 0 a 3 anos, 41% delas já possui acesso a celulares enquanto 59% não tem o seu próprio e nem usa o dos pais, entre a faixa dos 04 a 6 anos que encerra a chamada primeira infância mostra que 74% das crianças possuem acesso a celulares.

Números esses que a pesquisa mostra subir exponencialmente conforme a criança envelhece, entre os adolescentes da pesquisa na faixa etária dos 13 a 16 anos, 96% delas têm acesso a celulares, em sua maioria sendo aparelhos próprios.

A pesquisa demonstra em um gráfico a mudança do porquê as crianças possuem um aparelho celular em cada faixa etária, é possível entender que os mais novos possuem apenas como uma maneira de entretenimento, enquanto a partir dos 10 anos outros fatores entram em cena, como o uso para estudo, por motivos de segurança, para se comunicar com os pais, parente e amigos, dentre outros motivos.

Foto: Reprodução | Panorama Mobile Time/Opinion Box – Crianças e Adolescentes com Smartphones no Brasil – Outubro de 2023

O estudo mostra também a média do tempo de uso e acesso a telas separados pela faixa etária.

• 0 a 3 anos – 1 hora e 28 minutos
• 4 a 6 anos – 1 hora e 35 minutos
• 7 a 9 anos – 2 horas e 15 minutos
• 10 a 12 anos – 2 horas e 46 minutos
• 13 a 16 anos – 3 horas e 58 minutos

Na pesquisa mostra que a preocupação de pais e responsáveis, enquanto ao tempo de uso excessivo dos smartphones, passa a aumentar apenas nos grupos mais velhos, onde 68% dos pais consideram que os filhos passam mais tempo do que deveriam com o dispositivo.

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) é recomendado que as crianças menores de 2 anos não tenham contato com telas, nem mesmo televisões, a partir dessa idade a TV pode ser parte da rotina dos pequenos, mas por no máximo uma hora por dia. Celulares apenas para crianças a partir de 8 anos, mas com precauções.

Os perigos do uso excessivo de telas em menores é grande. Algumas pesquisas internacionais mostram que a superexposição a eletrônicos pode aumentar a possibilidade de déficit de atenção, aumento de impulsividade, diminuição da habilidade de regular emoções, também podendo causar dependência digital, transtornos de alimentação e imagem corporal, cyberbullying, além de riscos de problemas visuais como miopia, problemas auditivos e postural.

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