Em pleno inverno, termômetros devem chegar a 35 graus na quarta-feira (25)
Em pleno inverno, São Paulo pode registrar nesta semana recorde de temperatura mais alta. Entre quarta (25) e quinta (26), os termômetros podem ultrapassar os 34ºC, máxima que só foi registrada neste ano em janeiro.
Depois do recorde de calorão, o refresco chega a partir de sexta (27) com chuvas fracas e queda das temperaturas. No fim da semana, a cidade terá queda de até 14ºC dentro de 24 horas.
“Já estamos convivendo com uma onda de calor, mas ela ganha ainda mais força nos próximos dias. Os ventos ficam mais quentes e podemos ter uma das semanas de temperaturas mais elevadas do ano”, diz Carine Gama, meteorologista da Climatempo.
O calor deve atingir seu auge na quarta-feira, com previsão de máximas de 34ºC a 35ºC. O recorde de temperatura na cidade neste ano foi registrado em 30 de janeiro, com 34,1ºC.
Outros municípios do estado também devem registrar recorde de temperatura nesta semana. Em Barretos, a temperatura pode chegar aos 38ºC. Em Campinas, a 36ºC. A onda de calor também se espalha para Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás.
A presença do bloqueio atmosférico, massa de ar seco e quente que cobre vários estados do país, deixa os percentuais de umidade do ar bastante baixos.
Nesta segunda (23), ela oscila entre 34% e 18%, mas nos próximos dias pode até mesmo ficar abaixo de 15% em horários mais críticos, como no fim da manhã e início da noite. Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), o ideal é que esse índice fique acima dos 40%.
Mudança
A partir de sexta, uma frente fria chega ao estado de São Paulo e provoca chuvas, que devem se espalhar por boa parte do sudeste e parte do centro-oeste. “O fim de semana será nublado, com chuva fraca e temperaturas mais baixas”, diz Gama.
Com previsão de máxima de 33ºC na quinta-feira, São Paulo chega na sexta com temperatura máxima na casa dos 19ºC e mínima de 14ºC. “As temperaturas mais baixas devem continuar até setembro.”
Segundo Gama, oscilações bruscas de temperatura estão se tornando mais frequentes como consequência da crise climática. “As mudanças climáticas tornam os eventos extremos muito mais frequentes, assim temos extremos de muito calor, muito frio, muita seca, muita chuva. Passamos a ter muito mais extremos que valores médios.”