A chegada da frente fria que derrubou os termômetros da região provocou o aumento imediato da procura pelas acomodações disponibilizadas para o acolhimento de pessoas em situação de rua, nas dependências anexas ao templo da Igreja Presbiteriana, na região central de Americana. E, para dar conta da demanda, os organizadores do abrigo precisam da doação de alimentos, cobertores, agasalhos.
Embora ainda existam 20 leitos, em média, disponíveis no abrigo, o frio intenso pode apressar o fim do estoque disponível de comida e acessórios.
O serviço de abordagem nas ruas foi intensificado pelas agentes da prefeitura, que fazem o encaminhamento das pessoas ao abrigo.
“O drama, no entanto, é que 40 foram abordadas, e simplesmente não aceitaram o convite”, afirma o secretário de Ação Social e Desenvolvimento Humano, Ailton Gonçalves Dias Filho. “O acolhimento não pode ser coercitivo. Precisamos respeitar a opinião da pessoa abordada”, explica.
Os servidores foram acionados para o serviço noturno depois que a prefeitura recebeu, da Defesa Civil, o alerta da onda gelada que se aproximava. Mas o fato é que, se todos os abordados tivessem sido acolhidos, iam faltar vagas.
“NÃO FALTA”
O reverendo presbiteriano Jabis Ipólito de Campos Junior, um dos idealizadores do serviço no templo, afirma que as cestas básicas e as roupas de cama disponíveis chegam diariamente, por meio de doações feitas por simpatizantes da causa, reunidos pelas redes sociais.
“Nunca faltou nada, mas não sobra. E a gente sabe que a procura vai ser intensa até o começo de setembro”, afirma.
