A Cetesb ainda não se manifestou oficialmente, mas, de acordo com o promotor, a companhia sinalizou que vai autorizar a liberação dos aguapés por meio da comporta de 1,5 metro de largura por 2,25 metros de altura, como havia sido proposto no Plano de Antecipação de Manejo das plantas aquáticas, elaborado pela CPFL.
O promotor se reuniu semana passada com integrantes do corpo técnico da Cetesb, atendendo a convite feito pelo órgão, para ouvir as considerações. “Nós não nos comprometemos que vamos aceitar a autorização, nem que não iremos (aceitar)”, declarou.
Castanheiro defende o monitoramento mais frequente de outros trechos do rio, bem como o escoamento gradual das plantas, inicialmente por um dia, depois por três dias e, por fim, durante cinco dias, a fim de identificar o impacto real causado pela liberação dos aguapés rio abaixo. Pelo Plano original da CPFL, o vertimento dos aguapés ocorreria durante oito horas por dia, cinco dias por semana, em períodos chuvosos.
Questionada, a CPFL Renováveis esclareceu que aguarda a manifestação técnica e oficial da Cetesb para iniciar as ações para mitigar os efeitos das macrófitas na Represa do Salto Grande.
A companhia destacou ainda “que a causa primária para o crescimento da espécie é a inexistência do tratamento adequado dos esgotos nos rios que desaguam no reservatório por parte dos órgãos públicos competentes”.